canção nova
Os cidadãos são os primeiros “anticorpos” no combate à criminalidade. Essa foi uma das considerações feitas pelo secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti, durante a 81ª sessão da Assembleia Geral da Interpol, nesta segunda-feira, 5. A reunião, realizada em Roma, traz como tema “A polícia diante dos desafios da violência criminal contemporânea”.
Dom Mamberti lembrou que o dever moral de contribuir para que a violência não surja e nem se desenvolva é um dos aspectos incluídos na luta contra cada forma de violência.
“Aqueles que trabalham no interior das instituições de segurança pública, como a polícia que os senhores representam, estão conscientes de que os primeiros anticorpos para cada forma de criminalidade são os próprios cidadãos de cada País. Na aliança e na solidariedade entre cidadãos e forças da ordem se realiza o melhor bastião de resistência à criminalidade”.
E entre as ações necessárias para estabelecer um contexto social voltado ao bem comum, o arcebispo enfatizou a retirada daquilo que origina e alimenta a injustiça. De acordo com ele, a educação, inspirada pelo respeito da vida humana em todas as circunstâncias, deve ter seu papel reconhecido.
“Sem essa (educação) não é possível de fato realizar um tecido social forte e coeso nos valores fundamentais, capaz de resistir às provocações da violência extrema”.
Ao citar a educação, o arcebispo também destacou o papel da família, um lugar “primitivo do fazer-se homem”. “Nessa (na família), faz-se a experiência das primeiras formas de justiça e de perdão, cimento das relações intra-familiares e base para a adequada inserção na vida social”.
Em sua intervenção, Dom Maberti afirmou ainda que as características da ação criminal evoluíram de modo preocupante, agravando a agressividade e a crueldade das ações. Ele lembrou que esse aumento substancial do fenômeno criminal se deu tanto na questão quantitativa como em termos das manifestações de violência.
“As características da ação criminal evoluíram de modo preocupante, sendo perigosamente agravada a agressividade e a crueldade dos episódios. Além disso, as atividades criminais se articulam em um nível global, com sistemas de coordenação e pactos criminosos que superam as fronteiras do Estado”
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