quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Irmã Cristina, vencedora do The Voice Itália, renovou seus votos religiosos A Universal Music tinha projetos para ela, mas a freira optou por corroborar a sua consagração a Deus



A irmã Cristina Scuccia, a jovem religiosa que ganhou em junho a última edição do reality show “The Voice” Itália, renovou em 29 de julho os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em uma das casas da sua congregação na ilha italiana da Sicília.

A freira ficou famosa no The Voice com a interpretação da música “No One” de Alicia Keys, cujo vídeo supera, hoje, 56 milhões de visualizações no YouTube.

O feito mais impressionante da religiosa italiana, porém, é ter conseguido fazer com que todo o público rezasse com ela o pai-nosso assim que foi confirmada a sua vitória no programa musical. Sua frase fez história: “Eu quero que Jesus entre aqui!”.

Nos últimos meses, tanto a irmã Cristina quanto as outras irmãs do convento sofreram grande assédio da imprensa sensacionalista italiana, chegando a ser perseguidas por um repórter da revista Di Più até um supermercado próximo da casa da congregação, nos arredores de Milão. A revista publicou fotografias da irmã Cristina com outras religiosas na fila do caixa.

Na ocasião, a própria freira se manifestou: “Por enquanto, eu estou descansando. Foram seis meses puxados. Agora o meu compromisso é estar bem interiormente para depois continuar oferecendo muito aos outros”. Sobre as suas intenções ao participar no programa televisivo, ela declarou: “Sempre foi bem claro: eu fui lá para passar uma mensagem cristã”.

O jornal Italia Oggi anunciou que a jovem consagrada não vai participar do Festival de San Remo em 2015, por instruções das superioras da congregação. O mesmo jornal informou que a Universal Music tinha apresentado projetos à irmã Cristina, como o de montar um estúdio de gravação dentro do convento, participar no “Festival della Canzone Italiana” ou de San Remo e depois lançar um disco. "Estamos à espera das decisões pessoais da irmã Cristina e da sua congregação religiosa”, tinha declarado Alexander Massara, presidente de Universal Music Italia ao jornal Corriere della Sera.

Muita gente cogitou que o salto à fama enfraqueceria a vocação da irmã Cristina, mas a sua recente profissão dos votos religiosos e a sua saída da cena pública parecem manifestar a força do seu compromisso na ordem religiosa.
Fonte: Zenit

A Assembleia geral do Movimento dos Focolares está prestes a começar.



São esperados no Centro Mariápolis de Castelgandolfo, Roma, 494 delegados dos Focolares que representam o centro internacional e as diversas áreas geográficas do mundo, expressão da pluralidade que caracteriza o Movimento: leigos e consagrados, adultos e jovens, homens e mulheres. Além desses, 49 convidados, dos quais 15 de igrejas cristãs não católicas, religiões não cristãs e culturas não-religiosas, acompanharão os trabalhos da Assembleia.

O evento foi preparado com uma grande participação das comunidades dos Focolares, concretizada por milhares de reflexões e propostas para uma Assembleia que será chamada a exprimir-se com argumentos fundamentais para a vida de todo o Movimento. Segundo o preâmbulo dos Estatutos gerais, “a norma das normas, a premissa de qualquer outra regra” é o amor recíproco, o fundamento de ação do Espírito Santo: é esta a “lógica” que guiou tal consulta em todo o mundo.

Do trabalho preparatório, emergiram questionamentos, desafios e exigências de um povo que está em caminho. Em particular, emergiram a fidelidade à indentidade carismática; a atenção para os jovens, anciãos e famílias; a exigência de ir além do próprio movimento movendo-se em direção às dores da humanidade, com um olhar privilegiado às diversas necessidades.

Um impulso à ação, portanto, com uma formação espiritual e cultural adequada e atualizada, na linha da espiritualidade de comunhão típica do carisma dos Focolares, a fim de que seja Jesus mesmo, presente entre os que estiverem unidos em Seu nome (Mt 18, 20), a caminhar pelas estradas para encontrar os homens e mulheres de hoje.

Os contributos foram sintetizados em 12 grandes temas que os participantes da Assembleia, em grupos e plenárias, abordarão para direcionar o Movimento nos próximos anos.

Depois de alguns dias de retiro espiritual e de trabalho, a Assembleia procederá à eleição da Presidente, do Co-presidente, dos conselheiros e das conselheiras gerais para os próximos seis anos.

Os participantes serão recebidos pelo papa Francisco na sexta-feira, 26 de setembro, no Vaticano.

A Assembleia geral é o principal órgão de governo do Movimento dos Focolares e acontece a cada seis anos.
Fonte: Movimento dos Focolares

Comissão Nacional disponibiliza materiais para a Semana da Vida



Já estão disponíveis no site da Pastoral Familiar os materiais para divulgação da Semana Nacional da Vida, que ocorre de 1º a 7 de outubro, culminando com o Dia do Nascituro, na quarta-feira, 8. Para este ano, o tema proposto pelo "Hora da Vida" é "Vida e Missão: lançar as redes em águas mais profundas", com sete encontros e diferentes abordagens para reflexão e estudo nas comunidades.

O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Vida e Família, dom João Carlos Petrini, explica que a Semana da Vida trata-se de uma oportunidade para debater com a sociedade a dignidade da pessoa humana em todas as suas fases. "Compreender e admirar são passos necessários para acolher e respeitar a vida, para superar a visão da cultura dominante que tende a banalizar e a considerar de maneira superficial"
Fonte: site Pastoral Familiar.

domingo, 24 de agosto de 2014

Portal lança desafio para a JMJ 2016

Fonte:Portal Católico


O Portal Católico lançou no último dia 01 de agosto, o DESAFIO JMJ KRAKÓW2016 – Por uma Igreja mais conectada, com o objetivo de comemorar um ano de JMJ Rio2013 e preparar os Jovens Católicos para a próxima Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, 2016.

A proposta do Desafio JMJ 2016 é ser uma competição entre Grupos de Jovens do Brasil inteiro, com tarefas mensais a serem cumpridas e com pontuações específicas para cada tarefa. Ele será todo desenvolvido em aplicativos e sites criados para esse fim.

A fase de inscrição se estende até 29 de agosto de 2014 e as tarefas iniciam em setembro desse mesmo ano seguindo até outubro de 2015 quando haverá a premiação das equipes vencedoras.

Serão 40 pacotes completos de viagem para a Jornada Mundial da Juventude na Polônia em 2016. A participação não exige nenhum investimento para os Grupos de Jovens. Segundo a organização do evento, já se inscreveram milhares de Grupos de Jovens do Brasil inteiro, distribuídos por 100% das Arquidioceses do Brasil, 96% das Dioceses, 56% das Prelazias além de Equipes de algumas Eparquias e Ordinariados.

O Desafio JMJ Kraków2016 – Por uma Igreja mais conectada busca resgatar e fomentar o protagonismo jovem perante a Igreja, a Família e a Sociedade, tão amplamente demonstrado durante a JMJ Rio2013.

A inscrição pode ser feita em www.desafiojmj.com.br/inscricao

Mais informações, imagens e vídeos de divulgação, nos sites e páginas abaixo: www.desafiojmj.com.br

www.facebook.com/desafiojmj2016

www.facebook.com/portal.catolico

www.portalcatolico.org.br

Contatos: Email: contato@desafiojmj.com.br

CNBB promoverá debate com candidatos à presidência



O arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, fará a abertura do debate com presidenciáveis, no dia 16 de setembro, no Santuário Nacional de Aparecida, a partir das 21h30. O evento será transmitido por oito emissoras de inspiração católica, 230 rádios e portais católicos, com a proposta de atingir o maior número de eleitores.

De acordo com dom Damasceno, o debate promovido pela CNBB quer proporcionar aos eleitores a oportunidade de conhecer melhor os candidatos que concorrem à presidência do Brasil, nas eleições do dia 5 de outubro.

“Desejamos que o nosso eleitor exerça seu direito de cidadania com liberdade, responsabilidade e consciência, pensando no bem do país, a partir do conhecimento das propostas que os candidatos irão apresentar. Desta forma, o debate oferecerá elementos para que o eleitor posso discernir em quem vai votar, não apenas pensando em seus benefícios pessoais, mas no bem comum”, explicou o presidente da CNBB.

O debate

Para esta segunda edição do debate foram convidados os candidatos Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (Rede), Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Luciana Genro (PSOL) e pastor Everaldo (PSC). No primeiro bloco, os convidados irão responder a uma única pergunta elaborada pela presidência da CNBB, em ordem já definida por sorteio na presença dos representantes dos partidos. Cada candidato terá dois minutos para resposta.

No segundo bloco os candidatos vão responder a perguntas propostas pelos bispos indicados pela CNBB, abordando temas como saúde, educação, habitação, reforma agrária, reforma política e lei do aborto. No terceiro bloco, os candidatos irão responder a perguntas de jornalistas das mídias católicas. O quarto bloco será de embate entre os postulantes à presidência. O último bloco será dedicado às considerações finais dos convidados.

O debate terá duração de duas horas, com plateia de até 8 mil pessoas, composta por 350 bispos convidados, além de padres e presença de autoridades. A mediação será realizada pelo jornalista e diretor geral da TV Aparecida, padre Josafá de Jesus Moraes. O programa chegará a mais de 70 milhões de eleitores em sinal aberto.
Com informações do Portal A12.

Rádio Aparecida investe em aplicativo

Fonte:A12


A Rádio Aparecida está sintonizada nas novas tecnologias a todo o momento, e para isso disponibiliza um aplicativo para o ouvinte acompanhar a programação da emissora pelo smartphones e tablets (Android ou iOS).

O aplicativo é gratuito e possibilita acompanhar todas as ondas da Rádio Aparecida, além de assistir ao conteúdo de vídeos da TV Aparecida.

Para baixar o aplicativo da Rede Aparecida busque pelo ícone de apps no seu smartphone ou tablet.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

"Já não escravos, mas irmãos" - Mensagem do Papa Francisco para o 48º Dia Mundial da Paz

Fonte: Rádio vaticano

“Não mais escravos, mas irmãos”: este é o título da Mensagem para o 48º Dia Mundial da Paz, a segunda do Papa Francisco. Geralmente pensa-se que a escravatura é um facto do passado. Na verdade, esta praga social continua muito presente no mundo de hoje.
A Mensagem para o 1º de Janeiro passado era dedicada à fraternidade: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. De facto, uma vez que todos são filhos de Deus, os seres humanos são irmãos e irmãs com uma igual dignidade. A escravatura representa um golpe de morte para uma tal fraternidade universal e, por conseguinte, para a paz. Na verdade, a paz existe quando o ser humano reconhece no outro um irmão ou irmã com a mesma dignidade.
Persistem no mundo múltiplas formas abomináveis de escravatura: o tráfico de seres humanos, o comércio dos migrantes e da prostituição, o trabalho-escravo, a exploração do ser humano por outro ser humano, a mentalidade esclavagista para com as mulheres e as crianças. Há indivíduos e grupos que se aproveitam vergonhosamente desta escravatura, tirando partido dos muitos conflitos desencadeados no mundo, do contexto de crise económica e da corrupção.
A escravatura é uma terrível ferida aberta no corpo da sociedade contemporânea, é uma chaga gravíssima na carne de Cristo! Para a combater eficazmente, há que reconhecer acima de tudo a inviolável dignidade de cada pessoa. Além disso, importa ancorar firmemente esse reconhecimento na fraternidade, que exige a superação de todas as desigualdades, as quais permitem que uma pessoa escravize outra.
É-nos ainda pedido que o nosso agir seja próximo e gratuito para promover a libertação e inclusão para todos. O objectivo a alcançar é a construção de uma civilização fundada sobre a igual dignidade de todos os seres humanos, sem qualquer discriminação. Para isso, é necessário o compromisso da informação, da educação, da cultura em favor de uma sociedade renovada e que se assinale pela liberdade, pela justiça e, logo, pela paz.
O Dia Mundial da Paz resultou da vontade de Paulo VI e é celebrado todos os anos no primeiro dia de Janeiro. A Mensagem do Papa é enviada aos Ministros dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo e indica também a linha diplomática da Santa Sé para o ano que se inicia.

sábado, 16 de agosto de 2014

Abertura do Bicentenário de Dom Bosco

Fonte: ANS

Hoje foi a abertura do Bicentenário de Dom Bosco com uma celebração Eucarística com transmissão ao vivo, onde você poderá ver através deste link. Solene Celebração ao vivo

"Da colina de I Becchi declaramos aberto o ano de comemoração do bicentenário de nascimento de Dom Bosco". Estas foram as palavras com que hoje, 16 de agosto, padre Ángel Fernández Artime concluiu o discurso de abertura do Bicentenário; fala em que relembrou que toda a Família Salesiana é chamada a estar entre os jovens e entre os mais pobres, e na qual ele também agradeceu aos homens e mulheres que, neste projeto carismático, iniciado por Dom Bosco, heroicamente doaram suas vidas.

O Reitor-Mor dos salesianos recordou, desde o início de sua fala, que o carisma salesiano é um presente para toda a Igreja em favor dos jovens, e que "foi formado no tempo, dos joelhos de Mãe Margarida até a amizade com bons mestres de vida e, principalmente, na vida de todos os dias com os jovens."

Padre Fernández Artime também comentou: "Hoje, como família de Dom Bosco, como família religiosa Salesiana, estamos acompanhados por muitas autoridades civis e eclesiásticas, amigos de Dom Bosco e jovens, nas mesmas colinas que o viram nascer, para anunciar o início da celebração deste bicentenário de seu nascimento, que terá como o ponto de chegada - após três anos de preparação e um de celebração – o dia 16 de agosto de 2015, marco do 200º aniversário da sua presença na Igreja e no mundo, para o bem dos jovens."

Com um profundo sentimento de gratidão ao Senhor por Dom Bosco e o movimento espiritual que ele foi capaz de criar, o Reitor-Mor recordou cada um dos grupos que são inspirados pelo santo da juventude, e acrescentou: "Acreditamos que este Bicentenário será uma oportunidade para uma autêntica renovação espiritual e pastoral, em nossa família, uma oportunidade para reviver o carisma e tornar Dom Bosco atual, como sempre tem sido para os jovens. Acreditamos que será uma oportunidade para viver com renovada convicção e força a missão confiada, sempre para o bem das crianças e jovens de todo o mundo, especialmente aqueles que precisam mais de nós, os mais pobres e vulneráveis."

E concluiu afirmando que o Bicentenário será "um tempo para contribuir humildemente com o que faz parte de nossa essência carismática: O nosso compromisso de ler aa realidadea sociais, especialmente aqueles jovens que nos tocam". Disse ainda que, frente aos jovens, é preciso manter "a nossa fé e total confiança em cada jovem, em suas habilidades e capacidades; manter a nossa certeza em relação à bondade de seus corações, quaisquer que sejam as suas histórias, acreditar na possibilidade de serem donos e protagonistas de suas vidas, tendo nossa presença a seu lado, se a aceitarem, para desenvolver plenamente seus talentos e sua vocação plenamente humana e cristã".

O texto completo do discurso está disponível em sdb.org.

sábado, 9 de agosto de 2014

Semana Nacional da Família - 2014

O que comemorar no Dia dos Pais?



Do latim pater, a palavra pai designava originalmente toda pessoa que dava origem a outro ser. O Direito Romano, base de nosso ordenamento civil, conferia ao pai o título de paterfamiliae, o cidadão romano chefe de família. Já definiam os romanos que “is est pater quem justae nuptiae demonstrant” (o pai legítimo é aquele que o matrimônio como tal indica). E nesta condição, todos os seus descendentes a ele se vinculavam sem poder de oposição, onde se incluía a própria esposa.

Durante todo o século XX convivemos no Brasil com o pátrio poder onde todas as decisões da família eram tomadas apenas pelo homem da casa, tendo a esposa apenas participação colaborativa, mas não decisiva. Apenas com o novo Código Civil, em vigor desde 11 de janeiro de 2003, substituiu-se esta expressão (diga-se ultrapassada) para poder familiar, onde marido e mulher, juntos, deliberam consensualmente sobre os destinos de uma família.

Em sentido jurídico, pai é o ascendente masculino de primeiro grau. Eis, portanto, a definição legal. Mas a palavra pai não se limita a letra da Lei e surge de formas variadas em nosso dia a dia. O Dicionário Houaiss aponta com precisão um sem número de variáveis. É o “pai da pátria” (defensor de um país), “pai da criança” (autor de uma idéia), “pai das queixas” (delegado de polícia), “pai Gonçalo” (marido sem iniciativa, dominado pela mulher), “pai mané” (indivíduo ingênuo), “pai dos burros” (dicionário) e assim por diante. Eis aqui a definição popular.

Da mesma raiz latina encontramos a palavra paternitas, mostrando a qualidade ou o fato de ser pai, designando o liame jurídico que une pai e filho. E assim fiz minha enquete caseira e pedi aos meus filhos que definissem a palavra paternidade. Surpreendidos com uma pergunta tão inusitada, meu filho de 13 anos disse “o direito do pai ter a guarda do filho”. Minha filha de 11 anos disse “é o que o pai passa para o filho”. E meu caçula de 3 anos, bem, confesso que não insisti com ele ante o olhar entediado daquele questionamento.

Com as definições jurídica, popular e familiar, concluo que pai tem, sobretudo, forte conotação de hierarquia, de poder, de gestão. Neste Dia dos Pais, em que o ego masculino fica ainda mais comprometido, uma autocrítica é sempre bem vinda, a começar pela readequação da expressãopoder familiar. O Código Civil, que em seu artigo 1.630 substituiu a expressão pátrio poder por poder familiar, deveria ter disposto, em substituição, a expressão pátrio dever ou, sendo fiel ao novo texto legal, dever familiar. A paternidade não institui direitos sobre os filhos, mas sim deveres para com os mesmos.

O artigo 1.634 do Código Civil é preciso ao determinar aos pais a garantia da criação e educação de seus filhos. E isto não se dá apenas no sustento material ou alimentar, mas também e especialmente no exemplo moral, de forma que a geração vindoura tenha corretamente moldado seu caráter. E ao contrário das obrigações conceituais, onde a contraprestação deste dever familiar se dá de forma pecuniária (custeio da educação, alimentação, vestuário, etc.), o exemplo moral requer comprometimento, renúncia e vocação. Não se pode exigir de outras pessoas atitudes que nós mesmos não adotamos, regra esta que seguramente se aplica de pai para filho.

Neste dia 10 de agosto festejamos o Dia dos Pais. Não se pode defini-lo como uma data do calendário civil. Estas têm dia certo e um caráter público institucional, como 21 de abril ou 07 de setembro. O Dia dos Pais também não é uma data religiosa, o que dispensa maiores justificativas. Portanto, deveríamos concluir ser um dia meramente comercial cujo ápice ocorre na entrega dos tradicionais presentes. E assim será apenas se o paterfamiliae deixar ser.

Mas esta data poderá ser vista de outra forma. Porque da palavra paternidade vem a raiz do adjetivo “paterno” que, outra vez recorrendo ao Mestre Houaiss, significa “que lembra o amor de pai; carinhoso, afetuoso, paternal”. Ou seja, a maior gratificação do Dia dos Pais não é receber um presente do filho, mas em oferecer um carinho para ele.
Fonte: Luiz Kignel é membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família

A origem do Dia dos Pais

                                              Fonte: portal da Família

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Jornal da Arquidiocese de Niterói comemora 50 anos


Para comemorar seus 50 anos, uma Missa será realizada pelo Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Resende Dias, dia 08/08 às 11h na sede da Mitra Arquidiocesana de Niterói, situada na Rua Gavião Peixoto, 250, sobreloja, Icaraí, Niterói.
Parabéns a equipe do jornal.

Fundado em agosto de 1964, o Niterói Católico é um Jornal com tiragem ininterrupta e um dos mais antigos em informações católicas. Sua história está diretamente ligada ao crescimento e desenvolvimento da Diocese de Niterói, hoje Arquidiocese. De suas origens, o Niterói Católico conservou a faculdade de ser: porta-voz legítimo e reconhecido da Igreja de Niterói, de testemunha fiel da história e tornou-se formador isento da opinião pública cristã

Possui formato tabloide, com circulação mensal em todas as cidades da Arquidiocese de Niterói atingindo quase 14 municípios e ainda, outras arquidioceses e dioceses do Brasil. Oferece uma variedade de informações para o público católico como também para o público em geral. Tais informações são marcadas pela imparcialidade e respeito ao leitor, sempre buscando suprir as necessidades espirituais da comunidade religiosa, veiculando atividades diversas, agendas, anseios e sugestões. O Jornal também se preocupa com o incentivo de eventos culturais, buscando sempre o enriquecimento cultural do seu público e despertar o espírito comunitário através de promoções assistenciais destinadas aos mais carentes.

Sempre consciente do crescimento tecnológico, o Niterói Católico investe constantemente em todos os departamentos, utilizando equipamentos com alta tecnologia e profissionais em constante atualização. Desde 2011, o Niterói Católico engajou-se em mudar de papel, tiragem e gráfica, visando assim adquirir políticas de gestão voltadas para a qualidade. Em julho de 2012 o Jornal aumentou sua tiragem para 15000 exemplares, para com isso atingir o maior número de Paróquias de forma gratuita. Hoje, o Niterói Católico é um jornal comprometido com o interesse de toda a comunidade.
Fonte: SECOM

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Verdadeira devoção a Maria

A devoção refere-se diretamente a Deus e só indiretamente aos Santos, pelo que eles têm de Deus. Nossa Senhora ocupa um lugar intermediário entre Deus e os Santos, o que dá origem a um culto próprio, portanto único, e especial: muito inferior ao de Deus, mas muito superior ao dos Santos.

O culto de hiperdulia é reservado a Nossa Senhora por sua singular dignidade de Mãe de Deus. É muito inferior ao de Deus porque difere especificamente ao culto de latria (devido só a Deus). Nós veneramos a Nossa Senhora mas não A adoramos; há portanto, um abismo infinito entre as duas espécies de culto. É muito superior ao culto de dulia (devido aos Santos) porque difere deste especificamente pelo motivo da dignidade da maternidade divina, esta dignidade coloca Nossa Senhora numa ordem à parte, que está mil vezes por cima, e é também especificamente distinto da ordem da graça e da glória em que se encontram todos os Santos.

A verdadeira devoção a Maria tem de ser interior, tenra, santa, constante e desinteressada:

Devoção interior: Isto é, nasce do espirito e do coração e provêm da estima que se tem da Santíssima Virgem, da alta ideia que se forma a respeito da grandeza dela e do amor que se lhe professa.

Devoção terna: Isto quer dizer que é cheia de confiança em Nossa Senhora, como um menino tem em sua carinhosa mãe. A devoção terna faz que a alma recorra a Maria em todas suas necessidades de corpo e de espírito, com muita simplicidade, confiança e ternura; que implore a ajuda de sua celestial Mãe em todos os tempos, em todos os lugares e em todas as coisas: em suas dúvidas, para que as mesmas possam ser esclarecidas; em seus desvios, para voltar ao bom caminho; em suas tentações, para que Maria a sustenha; em suas debilidades, para que a fortifique; em suas quedas, para que a levante; em seus desânimos, para que lhe infunda animo; em seus escrúpulos, para que a livre deles; em suas cruzes, trabalhos e contratempos da vida, para que a console. Por último, em todos seus males de corpo e de espírito, Nossa Senhora é seu ordinário (no sentido de habitual) recurso, sem receio de importunar a esta terna Mãe e desagradar a Jesus Cristo.

Devoção santa: É santa porque faz com que a alma evite o pecado e imite as virtudes da Santíssima Virgem; sobretudo de um modo mais particular sua humildade profunda, sua fé viva, sua obediência cega, sua oração contínua, sua mortificação total, sua pureza divina, sua caridade ardente, sua paciência heroica, sua doçura angelical e sua sabedoria divina, que são as dez principais virtudes da Santíssima Virgem.

Devoção constante: Quer dizer que consolida a alma no bem e faz com que não abandone facilmente suas práticas de devoção, lhe dá ânimo para que se oponha ao mundo em suas modas e em suas máximas; à carne, em seus tédios e embates de suas paixões, e ao demônio em suas tentações; de maneira que uma pessoa verdadeiramente devota da Virgem não é inconstante, melancólica, escrupulosa, nem tímida. Isto não quer dizer que não caia nem experimente alguma mudança no que tange à sensibilidade de sua devoção; senão que, se cai, volta-se a levantar esticando a mão à sua bondosa Mãe, e, se carece de gosto e de devoção sensível, não se desanima por isso; porque o justo e devoto fiel de Maria vive da fé de Jesus e de Maria e não dos sentimentos do corpo.

Devoção desinteressada: Finalmente, é desinteressada porque inspira à alma que não se procure a si própria, senão somente a Deus em sua Santíssima Mãe. O verdadeiro devoto de Maria não serve a esta augusta Rainha por espírito de lucro ou de interesse, nem por seu bem, ainda que temporal ou eterno, de corpo ou de alma, senão unicamente porque Ela merece ser servida, e Deus n'Ela. Se ama a Maria, não é pelos favores que esta lhe concede ou pelos que d'Ela espera receber, senão unicamente porque Ela é amável (merece ser amada). Eis aqui o porque a ama e a serve com a mesma fidelidade em seus contratempos e aridezes que em suas doçuras e fervores sensíveis; e igual amor lhe professa no Calvário e nas bodas de Caná.

Ah, quão agradável e precioso aos olhos de Deus e de sua Santíssima Mãe é o devoto de Maria que não se procura a si mesmo em nenhum dos serviços que lhe presta! Mas, quão raro é hoje em dia encontrar um devoto assim!

Por Padre Hernán Luis Cosp Bareiro, EP

Vocação de pai

Pai e filho têm mútua dependência para sua razão de ser, a começar pelo Criador. A relação entre Ele e seu Filho, Jesus Cristo, é de vital importância para que a paternidade e a filiação humana encontrem respaldo na sua razão de ser. Ao contrário, temos apenas a prole e a paternidade no aspecto físico. A relação de Deus nas suas pessoas de Pai e Filho é de um amor inacreditável e absoluto. A paternidade e a filiação no que se refere a nós humanos, vinculada à ligação com Deus, torna-se fecundante e de vocação realizadora para a família. Ao contrário, torna-se sem finalização na consecução de seu objetivo existencial, que repousa em Deus.

Nessa perspectiva, a vocação da paternidade humana é realizadora quando preparada e assumida como verdadeira missão de amor. Não pode ser substituída apenas por um vínculo de geração física ou mesmo de relação adotiva por pura sensibilidade emocional, pragmática ou interesseira. Ser pai significa gerar um ser para uma vida realizadora, com relação amorosa, amiga, compreensiva, terna e promocional na vida humana transmitida e cuidada. Ser filho vem a ser a recepção da vida com gratidão, retribuição do amor, exercício do diálogo, da compreensão e da aceitação de um projeto existencial, com vontade de caminhar no mútuo apoio da ação paterna.

O ser pai depende do ser da mãe para o exercício da paternidade, com a responsabilidade de ação de dois corações que se interagem para amar a criatura gerada por ambos. O amor mútuo e geracional do pai e da mãe fazem com que os filhos aprendam que o amor em profundidade é plural e complementar na conjugação do homem e da mulher. Assim a filiação tem um amor plenificado pela masculinidade e feminilidade. A filiação adotiva encontra também esse eco ideal de amor no aprendizado de pai e mãe.

Jesus, o Filho de Deus, sempre mostrou sua íntima relação de amor com o Pai, de modo especial com seus momentos de preces especiais com Ele em lugares apartados do povo. Ele quis mostrar também, de modo humano, sua ligação com a mãe e o pai adotivo, que sempre agiram em consonância com a vontade do Pai Deus. Desde antes do casamento com José, Maria se manifestou ao anjo com o desejo de cumprir o que Deus queria dela. Aceitou o casamento, para dar, à criança que teria, o aconchego do lar ideal para o filho.

Mesmo na pluralidade atual de formação de famílias, não fica diminuída a família preparada com o ideal da vocação ao matrimônio, de acordo com o original do Criador. Aliás, esta é a família autêntica. Dentro dessa perspectiva, teremos uma sociedade de mais filhos saudáveis física, psíquica, social e espiritualmente. Assim formaremos melhor a família humana com os critérios já naturais de plena realização e, o que se dirá do enfoque sobrenatural do equilíbrio afetivo e realizador do Ideal que não se fixa apenas em interesses físicos e de objetivos menores e passageiros! A família humana, sem o transcendente de sua vocação, se animaliza e não é capaz de enxergar o sentido da mesma com sua plena realização! 

  Dom José Alberto Moura
Arcebispo de Montes Claros (MG)

Dom Fernando Guimarães é o novo Ordinário Militar do Brasil


Dom Fernando José Monteiro Guimarães, é recifense. Depois de estudar em Juiz de Fora e São João del Rei, completou o doutorado em Teologia Moral no Alfonsianum em Roma e o Mestrado em Direito Canônico na Universidade de Navarra, na Espanha. Foi ordenado padre em 1971. Trabalhou na Arquidiocese do Rio e na Cúria romana, desempenhando várias funções, até 2008. Perito, membro de várias Congregações, consultor e professor, Dom Fernando retornou a Pernambuco ao ser nomeado bispo de Garanhuns.
O Ordinariado Militar do Brasil é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica no Brasil subordinada diretamente à Santa Sé, participa do Conselho Episcopal Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A sé episcopal está na Catedral Militar Santa Maria dos Militares ‘Rainha da Paz’, na cidade de Brasília, no Distrito Federal.
O Ordinariado Militar do Brasil organiza e coordena os serviços de todas as capelanias militares católicas do Brasil.

Em nota a CNBB saúda novo arcebispo militar do Brasil: veja a mensagem abaixo

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB saúda Dom Fernando José Monteiro Guimarães pela sua nomeação como novo Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil, com sede em Brasília (DF). O Papa Francisco o nomeou na manhã desta quarta-feira, 6 de agosto, transferindo-o do ofício de Bispo de Garanhuns (PE).

Dom Fernando Guimarães é natural de Recife (PE). É membro da Congregação do Santíssimo Redentor (CSSR). Foi nomeado bispo pelo Papa Bento XVI, em março de 2008 e, ordenado no mesmo ano, em Roma.

Seu lema episcopal, “O nosso coração ardia”, recorda o encontro de Jesus com os discípulos de Emaús e reaviva a certeza da presença do Senhor ao lado daqueles que Ele chama. Como pastores do Povo de Deus, “os bispos são arautos da fé que para Deus conduzem novos discípulos, [...] pregam ao povo a eles confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida prática”, disse São João Paulo II (VS, 114).

Nesta ocasião, agradecemos a Dom Osvino José Both por sua dedicação intensa e profícua, nos últimos oito anos, ao Ordinariado Militar no Brasil. Fazemos votos de que esta nova fase de sua vida seja fecunda e de paz.

Na Festa da Transfiguração do Senhor, acompanhamos a Dom Fernando Guimarães com nossas orações, pedindo que o Espírito Santo o conduza nesta nova missão a serviço do Reino de Deus.

+ Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário geral da CNBB

domingo, 3 de agosto de 2014

Oração pelas vocações sacerdotais e religiosas


A vós nos dirigimos, Senhor, Filho de Deus, enviado do Pai para junto dos homens e de todos os tempos e de todas as partes da terra!

Nós vos invocamos por meio de Maria, vossa e nossa Mãe: fazei com que na Igreja não faltem vocações, em particular as de especial consagração ao vosso Reino!

Jesus, único Salvador do mundo, nós vos pedimos pelos nossos irmãos e irmãs que responderam "sim" ao vosso apelo ao sacerdócio, à vida consagrada e à missão.

Fazei com que as suas existências se renovem no dia-a-dia, tornando-se Evangelho vivo. Senhor misericordioso e Santo, continuai a enviar novos trabalhadores para a messe do vosso Reino!

Ajudai aqueles que chamais para o vosso seguimento neste nosso tempo: fazei com que, contemplando o vosso rosto, eles respondam com alegria à maravilhosa missão que lhes confiais para o bem do vosso Povo e de todos os homens! Vós, que sois Deus, viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, nos séculos dos séculos. Amém!

O santo padroeiro dos presbíteros



João Maria Vianney alimentou a sua cotidiana doação sem reservas a Deus e à Igreja

“O sacerdócio é o amor do coração de Jesus”, costumava dizer São João Maria Vianney, o santo patrono de todos os párocos do mundo, que no dia 4 de agosto celebramos sua memória.

A tocante afirmação do Santo Cura d’Ars permite evocar com ternura e gratidão o dom imenso que são os sacerdotes não só para a Igreja, mas também para a própria humanidade.

Consciente de ser, enquanto padre, um dom imenso para o seu povo, ele dizia: “Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Jesus, é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia e um dos dons mais preciosos da misericórdia divina”.

Modelo dos presbíteros

Quantos presbíteros ao longo dos tempos, a exemplo do Santo Cura d’Ars, propõem, humilde e cotidianamente, aos fiéis cristãos e ao mundo inteiro as palavras e os gestos de Cristo, procurando aderir a Ele com os pensamentos, a vontade, os sentimentos e o estilo de toda a sua existência. Como não sublinhar as suas fadigas apostólicas, o seu serviço incansável e escondido, a sua caridade tendencialmente universal? E que dizer da fidelidade corajosa de tantos sacerdotes que, não obstante dificuldades e incompreensões, continuam fiéis à sua vocação: a de “amigos de Cristo”, por Ele de modo particular chamados, escolhidos e enviados?

Grandeza do sacerdócio

Santo Cura d’Ars falava do sacerdócio como se não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do dom e da tarefa confiadas a uma criatura humana: “Oh como é grande o padre! Se lhe fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do céu e encerra-se numa pequena hóstia”. E, ao explicar aos seus fiéis a importância dos sacramentos, dizia: “Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Depois de Deus, o sacerdote é tudo!”.

Estas afirmações, nascidas do coração sacerdotal do santo pároco, podem parecer excessivas, porém revelam a sublime consideração que ele tinha pelo sacramento do sacerdócio. Parecia subjugado por uma sensação de responsabilidade sem fim: “Se compreendêssemos bem o que um padre é sobre a Terra, morreríamos: não de susto, mas de amor”.

Santo Cura d’Ars explicava que o padre não era padre para si mesmo, mas para todos, porque o ministério sacerdotal estava ligado à paixão do Senhor. “Sem o padre, a morte e a paixão de Nosso Senhor não teriam servido para nada. É o padre que continua a obra da redenção sobre a Terra. O padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo do bom Deus; o administrador dos seus bens”, dizia.

Presença sagrada

O santo pároco ensinava os seus paroquianos, sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar, detendo-se de bom grado diante do sacrário para uma visita a Jesus na Eucaristia. “Para rezar bem – explicava-lhes o Cura –, não há necessidade de falar muito. Sabe-se que Jesus está ali, no tabernáculo sagrado: abramos-Lhe o nosso coração, alegremo-nos pela Sua presença sagrada. Esta é a melhor oração”.

Na educação dos fiéis para a presença eucarística e para a comunhão, afirmava: “Todas as boas obras reunidas não igualam o valor do sacrifício da missa, porque ela é obra de Deus”. Ele era convencido de que todo o fervor da vida de um padre dependia da missa: “É de lamentar um padre que celebra a missa como se fizesse uma coisa ordinária! Mas como faz bem um padre oferecer-se em sacrifício a Deus todas as manhãs!”.

Sacramento do amor

Na França, no tempo do Santo Cura d’Ars, a confissão não era frequente, pois a tormenta revolucionária tinha longamente sufocado a prática religiosa. Ele procurou de todos os modos, com a pregação e o conselho persuasivo, fazer os seus paroquianos redescobrirem o significado e a beleza da penitência sacramental, apresentando-a como uma exigência íntima da presença eucarística. Disponível para ouvir e perdoar, a multidão crescente dos penitentes, primeiro da cidade e depois provenientes de toda a França, o deixava retido no confessionário até 16 horas por dia. Dizia-se então que Ars tinha se tornado ‘o grande hospital das almas’. “Não é o pecador que regressa a Deus para Lhe pedir perdão, mas é o próprio Deus que corre atrás do pecador e o faz voltar para Ele. O bom Salvador é tão cheio de amor que nos procura por todo lado”, dizia.

Vocação e missão


Ao ser enviado a Ars, uma pequena aldeia com 230 habitantes, o bispo tinha lhe precavido sobre a precária situação religiosa do lugar: “Naquela paróquia, não há muito amor de Deus”.

O Santo Cura era tão convencido da sua pessoal inaptidão, a ponto de ter desejado diversas vezes subtrair-se às responsabilidades do ministério paroquial, pois que se sentia indigno. Mas, com exemplar obediência, ficou sempre no seu lugar, porque o consumia a paixão apostólica pela salvação das almas, aderindo totalmente à própria vocação e missão.

“Meu Deus, concedei-me a conversão da minha paróquia; aceito sofrer tudo aquilo que quiserdes por todo o tempo da minha vida!” Foi com esta oração que começou a sua missão.

Residindo na própria igreja onde todos o encontravam, soube ‘habitar’ ativamente em todo o território paroquial: visitava sistematicamente os doentes e as famílias; organizava missões populares e festas dos patronos; recolhia e administrava dinheiro para as suas obras sociocaritativas e missionárias; embelezava a sua igreja e dotava-a de alfaias sagradas; ocupava-se das órfãs e das suas educadoras; tinha a peito a instrução das crianças; fundava confrarias e chamava os leigos para colaborar com ele.

Dessa forma, o Cura d’Ars, em seu tempo, soube transformar o coração e a vida de muitas pessoas, porque conseguiu fazer-lhes sentir o amor misericordioso do Senhor.

Cardeal Orani João Tempesta