Após a conclusão da 79º Reunião Ordinária do Conselho Permanente (CP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o presidente da entidade, cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, concedeu entrevista coletiva em que apresentou um balanço dos trabalhos realizados nos três dias do encontro, em Brasília (DF). Também estava presente o secretário-geral, dom Leonardo Ulrich Steiner.
Dom Damasceno disse que os participantes da CP recordaram o aniversário dos 60 anos da CNBB, “que tem procurado fazer uma caminhada conjunta aprofundando a colegialidade e promovendo a unidade no trabalho de evangelização no país”. Uma série de reportagens no site da entidade deverá fazer memória desta celebração.
Em relação aos trabalhos, o cardeal revelou que ficou definida a pauta da 51ª Assembleia Geral, que será realizada de 10 a 19 de abril de 2013, em Aparecida (SP). “Comunidades de comunidade: uma nova paróquia” será o tema central do evento, que deverá realizar também um aprofundamento da reflexão do Ano da Fé e a discussão final do Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil.
Durante a reunião do CP, os bispos tiveram a oportunidade de acompanhar a análise de conjuntura, apresentada pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz e pela assessoria política da entidade. Também receberam duas visitas importantes: a da Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e do Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovani d’Aniello.
Dom Damasceno também destacou a ação da CNBB com a elaboração de um documento a respeito da situação dos povos quilombolas e também na defesa dos territórios dos pescadores artesanais.
O cardeal destacou a importância da Campanha para a Evangelização, que será realizada durante o período do Advento, com o slogan “evangeli-já”, que exorta para a urgência do compromisso evangelizador.
Já o secretário geral, dom Leonardo Steiner, destacou que há na CNBB uma comissão que acompanha o processo de discussão da reforma do novo Código Penal brasileiro. “A proposta apresentada já começa com a pena, e não há princípios fundamentais em vista da dignidade humana. Temos recebidos as colaborações de diversas pastorais e especialistas. Acreditamos que é preciso considerar que a realidade social é transformada pela educação, e é preciso oferecer horizontes. É preciso investir nisso como forma de combater a violência”.
Em relação à situação do povo Guarani-Kaiowá, dom Leonardo destacou a preocupação do episcopado brasileiro, que acompanha o caso através do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). “O governo tem dado passos, mas são ainda insuficientes para dar segurança para estes povos. Terra para eles é cultura, moradia, tradição, vida, família, povo. Para eles, terra significa as suas próprias raízes. É uma injustiça o que se está fazendo em relação aos povos indígena
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