Organizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), em parceria com a Fundação Vaticana Joseph Ratzinger/ Benedetto XVI e com a Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Simpósio intitulado “Humanização e Sentido da Vida” buscou, através do pensamento do Papa Bento XVI, promover debates a cerca da fé e da razão.
Em dois dias de encontros, o Simpósio teve a presença de mais de 700 pessoas de todo o território brasileiro e de 15 nações, incluindo teólogos, pesquisadores, membros do clero, religiosos e religiosas. O momento foi propício para fortalecer a comunhão entre os presentes e aprofundar a fé no que diz respeito à vida integral do ser humano. Um dos organizadores do Simpósio, o coordenador da Pós Graduação do Departamento de Teologia da PUC-Rio, Padre Abimar Oliveira de Moraes, fez um balanço do encontro e ressaltou os ideais acadêmicos atingidos pelo Simpósio:
“O grande objetivo é trazer o pensamento do Papa, não como aquele que ensina, mas aquele que se senta à mesa para poder discutir tudo aquilo que posa interessar a pesquisadores, a cientistas de diversas áreas, a partir do tema da humanização colocando no centro a pessoa humana e o sentido de sua existência. Como intenção segunda e não menos importante, a formação acadêmica para a chegada do Papa no ano que vem por ocasião da Jornada Mundial da Juventude” – esclareceu.
De caráter internacional e organizado de forma itinerante, o Simpósio atraiu também membros de mais de cem instituições de ensino, incluindo 60 universidades.
Para o bispo auxiliar do Rio, Professor da PUC- Rio e animador da Pastoral Universitária, Dom Paulo Cezar, o pensamento do Papa é convidativo aos jovens por suscitar o diálogo e buscar alargar o conceito de razão.
“O pensamento do Papa quer suscitar diálogo. Ele mostra que somente uma visão da realidade, somente uma análise da realidade, uma análise mais cientificista, não se dá conta da realidade da totalidade. Então o Papa convida a alargar esse conceito de razão. Ele nos convida a perceber que é preciso uma visão maior para que possamos nos dar conta da totalidade da realidade. É a razão que esta na origem de toda a totalidade”.
Nesta sexta-feira, as palestras foram realizadas apenas na parte da manhã. Com o ginásio da PUC-Rio lotado e após as palavras de boas vindas do decano de Teologia, Paulo Fernando Carceiro de Andrade, o primeiro conferencista, o reitor da Unidade Pontifícia Santa Croce, professor Luis Romera ressaltou o contexto histórico na qual o Simpósio se insere:
“Este simpósio é muito importante pelo contexto histórico que nos encontramos: a comemoração dos 50 anos do Concilio Vaticano II e desta forma o Simpósio nos proporciona, implicando em primeira linha, trabalhar o pensamento do Papa. O Simpósio se destaca também por ser aqui no Rio, cidade que irá sediar a Jornada Mundial da Juventude no ano que vem” – disse.
Já o diretor do Centrum Sudiów Ratzigera de Bydgoszcz, professor Mariusz Kucinski, abordou o processo humano e a globalização econômica. Segundo o professor, a globalização toca a vida cotidiana e, apesar de não haver um documento da Igreja dedicado exclusivamente a este fenômeno, ele já foi lembrado pelas Encíclicas Sociais e mais recentemente pelo papa João Paulo II.
Professor Kucinsk definiu o termo “globalização” como um fenômeno de crescimento progressivo das relações e intercâmbios a nível internacional, na qual o principal efeito é uma forte aproximação econômica e cultural entre os países do mundo.
Participante do Simpósio, o Arcebispo Metropolitano de Trujillo, no Peru, Dom Miguel Cabrejos Vidarte, ressaltou a amplitude do pensamento do Papa e a importância do Sínodo para a sociedade como um todo.
“Esse congresso foi o segundo, sobre o pensamento do Papa, como teólogo, como pensador, pela magnitude e pela amplitude do pensamento. É uma riqueza muito grande, uma profundidade igualmente grande, é um bem para toda a sociedade nos diferentes contextos” – concluiu.
;Canção nova
Fonte; http://noticiascatolicas.com.br
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