quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Todos os Santos

O mês de novembro, no calendário de nossa Igreja católica, começa com a festividade de todos os santos. Dia 1º de novembro, o povo de Deus comemora a Igreja triunfante, celebrando conjuntamente todos os santos em apenas uma solenidade.
Todos aqueles homens e mulheres que foram pobres no espírito, mansos, que sofreram e tiveram fome de justiça, misericordiosos, que foram puros de coração, pacíficos,  que foram humilhados, caluniados, ofendidos em nome do Senhor. São esses homens e mulheres que festejamos nesse me roso dia.
Aquela grande multidão que está diante do cordeiro. São João disse no Apocalipse, refere-se a todos os santos e todos aqueles que conseguiram a salvação  em uma vida de amor e entrega as leis de Deus.
Para homenagear todos os santos, reconhecidos por nossa Igreja, iremos perpassar um pouco sobre a vida de dois santos com belíssimas histórias: São Martinho de Touros e Santa Isabel da Hungria.
São Martinho de Touros nasceu em Sabará, Panônia, no ano de 315. Era militar aos 15 anos, quando um fato marcante mudou seu caminho. Cavalgando, coberto de sua enorme manta da guarda imperial, avistou um pobre homem desfalecido pelo frio cortante e Martinho, num gesto de extrema generosidade, cortou a manta e deu metade ao pobre homem. À noite sonhou com Jesus enrolado em sua manta sorrindo agradecido.
Aos 18 anos, abandonou a carreira militar, recebendo logo o batismo e passou a seguir seu grande mestre, Santo Hilário de Poitiers.
A vida contemplativa dos primeiros  anos foi mudada com o passar do tempo. Eleito bispo de Touros, tornou-se grande evangelizador. Durante os vinte e sete anos de vida episcopal virou um mártir para os pobres, necessitados e injustiçados, como também, tornou-se mal visto para parte do clero que preferia a vida cômoda, algo de São Martinho.
São Martinho de Touros morreu em 8 de novembro de 397 e seus funerais foram um grande acontecimento, levando multidões de adoradores e se despedir do grande homem que cuidava de todos.
No dia 17 de novembro de 1231, Santa Isabel de Hungria ia para a casa do pai, aos 24 anos de idade.
Noiva aos quatro anos  casada aos quatorze e mãe aos quinze, a maravilhosa Isabel tem uma vida que parece um conto romântico. Prometida pelo pai, o rei André II , primo do imperador da Alemanha, em casamento ao duque da  Turincias. Santa Isabel foi desde cedo um grande exemplo de vida cristã.
Não usou a coroa em seu casamento , pois dizia: “ Como poderia usar uma coroa tão preciosa diante de um rei coroado de espinhos ?”
Mesmo sem escolher seu casamento foi muito feliz com seu esposo. Viveu uma vida baseada nos ensinamentos de Cristo. Seu marido dizia  sobre o programa de vida da santa, linda de rosto e de alma : Piedade, Pureza e justiça.
Santa Isabel confidenciava a sua amiga Isentrude, sobre seu amor. “Se eu amo de tal modo uma criatura mortal, como deveria amar ao Senhor imortal, dono de minha alma ?”
Mãe de três filhos, Isabel perde seu marido, morto durante uma cruzada, a qual tinha aderido com entusiasmo juvenil. A partir desse momento, passa a doar tudo que pertencia a obras sociais, como em construir um hospital em Marburg, em honra de São Francisco de Assis, seu contemporâneo.
Seus cunhados não gostavam de sua generosidade para com os pobres e conseguiram separá-la  dos filhos e a expulsaram do castelo de Wartembrug.
O sofrimento da separação não a fez acabar com seus sonhos, entrou para a ordem terceira e viveu o ideal franciscano de pobreza até o final da vida.
Que todos os santos nos abençoem e nos iluminem por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo na nossa difícil caminhada aqui na terra
Fonte:Jornal Unidade/2005


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