O mês de novembro, no calendário de nossa Igreja católica,
começa com a festividade de todos os santos. Dia 1º de novembro, o povo de Deus
comemora a Igreja triunfante, celebrando conjuntamente todos os santos em
apenas uma solenidade.
Todos aqueles homens e mulheres que foram pobres no espírito,
mansos, que sofreram e tiveram fome de justiça, misericordiosos, que foram
puros de coração, pacíficos, que foram
humilhados, caluniados, ofendidos em nome do Senhor. São esses homens e mulheres
que festejamos nesse me roso dia.
Aquela grande multidão que está diante do cordeiro. São
João disse no Apocalipse, refere-se a todos os santos e todos aqueles que
conseguiram a salvação em uma vida de
amor e entrega as leis de Deus.
Para homenagear todos os santos, reconhecidos por
nossa Igreja, iremos perpassar um pouco sobre a vida de dois santos com belíssimas
histórias: São Martinho de Touros e Santa Isabel da Hungria.
São Martinho de Touros nasceu em Sabará, Panônia, no
ano de 315. Era militar aos 15 anos, quando um fato marcante mudou seu caminho.
Cavalgando, coberto de sua enorme manta da guarda imperial, avistou um pobre
homem desfalecido pelo frio cortante e Martinho, num gesto de extrema
generosidade, cortou a manta e deu metade ao pobre homem. À noite sonhou com
Jesus enrolado em sua manta sorrindo agradecido.
Aos 18 anos, abandonou a carreira militar, recebendo
logo o batismo e passou a seguir seu grande mestre, Santo Hilário de Poitiers.
A vida contemplativa dos primeiros anos foi mudada com o passar do tempo. Eleito
bispo de Touros, tornou-se grande evangelizador. Durante os vinte e sete anos
de vida episcopal virou um mártir para os pobres, necessitados e injustiçados,
como também, tornou-se mal visto para parte do clero que preferia a vida cômoda,
algo de São Martinho.
São Martinho de Touros morreu em 8 de novembro de 397
e seus funerais foram um grande acontecimento, levando multidões de adoradores
e se despedir do grande homem que cuidava de todos.
No dia 17 de novembro de 1231, Santa Isabel de Hungria
ia para a casa do pai, aos 24 anos de idade.
Noiva aos quatro anos casada aos quatorze e mãe aos quinze, a
maravilhosa Isabel tem uma vida que parece um conto romântico. Prometida pelo
pai, o rei André II , primo do imperador da Alemanha, em casamento ao duque
da Turincias. Santa Isabel foi desde
cedo um grande exemplo de vida cristã.
Não usou a coroa em seu casamento , pois dizia: “ Como
poderia usar uma coroa tão preciosa diante de um rei coroado de espinhos ?”
Mesmo sem escolher seu casamento foi muito feliz com
seu esposo. Viveu uma vida baseada nos ensinamentos de Cristo. Seu marido dizia
sobre o programa de vida da santa, linda
de rosto e de alma : Piedade, Pureza e justiça.
Santa Isabel confidenciava a sua amiga Isentrude,
sobre seu amor. “Se eu amo de tal modo uma criatura mortal, como deveria amar
ao Senhor imortal, dono de minha alma ?”
Mãe de três filhos, Isabel perde seu marido, morto
durante uma cruzada, a qual tinha aderido com entusiasmo juvenil. A partir
desse momento, passa a doar tudo que pertencia a obras sociais, como em
construir um hospital em Marburg, em honra de São Francisco de Assis, seu
contemporâneo.
Seus cunhados não gostavam de sua generosidade para
com os pobres e conseguiram separá-la
dos filhos e a expulsaram do castelo de Wartembrug.
O sofrimento da separação não a fez acabar com seus
sonhos, entrou para a ordem terceira e viveu o ideal franciscano de pobreza até
o final da vida.
Que todos os santos nos abençoem e nos iluminem por
intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo na nossa difícil caminhada aqui na
terra
Fonte:Jornal Unidade/2005
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