sexta-feira, 5 de julho de 2013

Carta aberta do COL da JMJ RIO2013


 
A seguir, a Carta aberta do Comitê Organizador Local da JMJ Rio2013.
Prezadas irmãs, Prezados irmãos,
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Em nome de todos os que diretamente estão envolvidos na preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013), em nome dos que, genericamente, somos conhecidos como COL, Comitê Organizador Local, venho agradecer as participações fraternas que temos recebido em virtude de algumas escolhas feitas em relação a pontos específicos do grande conjunto que é a Jornada.
Ficamos alegres com o testemunho de zelo pelo Evangelho, com o decidido amor pela Igreja e com a preocupação com o risco de se profanar o que é sagrado. Partilhamos destas preocupações. Quem está diretamente envolvido nos planejamentos e nas opções, nem sempre consegue distanciamento necessário.
Graças a Deus, não estamos sozinhos. Temos nossos bispos. Temos o diálogo sincero, fraterno e eclesial com o Pontifício Conselho para os Leigos, organismo responsável, por parte da Santa Sé, na organização da Jornada. Temos os amigos que caminham conosco desde o início da preparação da Jornada. Temos assessorias não apenas técnicas, mas também pastorais. Temos, enfim e em meio a tudo isso, a graça de Deus a nos guiar.
Sabemos que, o atual momento da história humana é marcado por forte pluralismo, onde a variedade de modos de pensar e existir é fator, ao mesmo tempo, instigante e assustador. Sabemos também que, exatamente por ser um contexto profundamente plural, todos nós corremos o risco de considerar que nosso ponto de vista é o único. Isto vale para qualquer um que esteja vivo nestes dias em que tudo é tão diversificado, em que as posturas, opções e ações podem seguir Deus sabe lá quantos rumos.
O fato é que, a cada momento, somos chamados a fazer escolhas. E, ao preparar a Jornada, temos feito muitas escolhas. Estamos cientes de que outras pessoas fariam opções diferentes e que as nossas não são capazes de agradar a todos. Na verdade, nenhuma escolha o é.
Ao escolher, buscamos equilibrar, por um lado, o cuidado pela fidelidade ao Evangelho, e, por outro, a responsabilidade missionária. Na humana dificuldade por atingir o perfeito equilíbrio, seguimos o lema da JMJ Rio 2013, na direção da responsabilidade missionária, pois estamos certos de que os que já encontraram o Senhor são chamados a humildemente se curvar na direção dos que ainda não O encontraram. Os servos são chamados a seguir seu Senhor, que, “sendo rico, se fez pobre para a todos enriquecer.” (cf 2 Cor 8,9). À semelhança de seu Senhor, os servos não temem sair em busca de todos. Eles sabem que não podem se fechar em si mesmos (cf Filip 2,5ss). Quando nos fechamos em nossas particularidades, esquecemo-nos de que um dos nossos maiores testemunhos é exatamente a unidade. A intolerância ofusca o fascínio do Evangelho.
Quando olhamos para os patronos e intercessores da Jornada, lembramo-nos de que eles foram escolhidos porque, no seu tempo, encontraram grandes desafios para levar o Evangelho aos que ainda o desconheciam. Estes jovens santos mostraram, com suas vidas, o amor e a compaixão para com os que ainda precisam acordar para verdadeira felicidade.
A Jornada não exaure o conjunto de ações da Igreja com os jovens. Ela desperta os jovens para Jesus Cristo e desperta a Igreja, ainda mais, para os jovens. A Jornada Mundial da Juventude não se resume aos atos centrais, embora estes sejam o que mais se conhece e, por isso mesmo, os mais focalizados. Viver a Jornada exige participar de todo o seu conjunto na certeza de que um evento só será bem compreendido se vivido no conjunto dos demais.
Não julgamos quem quer que seja, pois nós mesmos nos consideramos pecadores, os primeiros a suplicar a misericórdia divina. Neste sentido, reiteramos o agradecimento pela preocupação com a Jornada e convidamos a estar conosco.
Monsenhor Joel, secretário executivo da JMJ Rio2013
(MJ/www.rio2013.com)



Nenhum comentário:

Postar um comentário