segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Uso excessivo de LED pode prejudicar visão

Os computadores, tablets, vídeo games, smartphones e TVs de LED se tornaram parte da rotina diária das pessoas. No entanto, a exposição excessiva pode causar danos à saúde dos olhos. Uma das luzes emitidas pelos LEDs e pelas lâmpadas fluorescentes, a Azul-Violeta de Alta Energia (LVAE), é tóxica, de acordo com pesquisa de cientistas franceses apresentada no Congresso da Associação de Pesquisa em Visão e Oftalmologia.

Segundo a oftalmologista especialista em retina e vítreo do Hospital São Vicente de Paulo (RJ), Marcela Sant’Ana Menezes, o espectro de luz emitido por essas fontes acelera a morte das células da retina. “A luz azul-violeta pode afetar indivíduos normais e acelerar a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), uma das maiores causas de cegueira funcional em países industrializados, e a segunda maior causa de cegueira na terceira idade”, comenta.

Ainda não existem produtos cientificamente comprovados que possam ser colocados à frente dos aparelhos para proteger a retina. Entretanto, em alguns países, como no Canadá, já estão sendo vendidos óculos especiais com filtro para esses tipos de raios.

A médica, que é especialista em retina e vítreo, ressalta que uma opção para proteger o dano causado por esse tipo de luz são as substâncias com pigmentos maculares, como a luteína, zeaxantina e meso-zeaxantina, que diminui esse risco, segundo pesquisas iniciais.

Fadiga visual

A síndrome da visão de computador, como é conhecida, é um problema que já atinge entre 50% e 90% das pessoas que trabalham mais de três horas por dia com esses aparelhos.

Quando uma pessoa fica diante do computador por um longo período, os músculos dos olhos ficam contraídos para que a imagem seja formada com exatidão, causando a fadiga visual, segundo Marcela Menezes, que também é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

“Quando estamos à frente do computador reduzimos o número de piscadas, e isso traz prejuízos à visão. O primeiro passo é procurar um oftalmologista. Se for identificado algum erro de refração, ela precisará utilizar óculos ou lente de grau para corrigir o problema”, orienta a médica.



Dicas de como evitar a síndrome do computador

- Distancie o computador entre 50 e 60 centímetros dos olhos;

- Pisque com mais frequência ao utilizar o computador por muito tempo. Faça uma pausa (dez minutos a cada hora trabalhada) para piscar várias vezes seguidas para lubrificar os olhos, olhar para longe e para os lados, alongar e só depois volte ao trabalho;

- Controle a iluminação do ambiente ao usar o computador, reduzindo pela metade as lâmpadas do local. Procure controlar a entrada da luz natural com cortinas ou películas para vidros evitando deixar o ambiente muito escuro;

- Peça ao seu oftalmologista que prescreva óculos com lentes específicas para a distância entre os seus olhos e o monitor;

- Realize check-up ocular anualmente.


Outras dicas para cuidar bem dos olhos

- Mantenha os olhos sempre limpos e bem higienizados. Essa é a melhor maneira de evitar as doenças que acometem a visão;

- Lave muito bem as mãos antes de levá-las aos olhos;

- As mulheres devem sempre retirar as sobras de maquiagem ou resíduos no final do dia;

- Evite passar protetor solar próximo à região dos olhos;

- Utilize óculos de sol que proteja a visão dos raios ultravioletas. Não compre óculos piratas ou em camelôs, pois eles não protegem a visão e ainda colocam sua saúde em risco;

- Jamais utilize óculos de outras pessoas. Eles são individuais e feitos para cada tipo de problema;

- Deixe os ambientes de casa e do trabalho arejados e com boa exposição ao sol para evitar a formação de umidade e mofo;

- Evite objetos que acumule poeira, como cortinas, carpetes, tapetes, bichos de pelúcia;

- Evite permanecer em ambientes com muita poeira, fumaça ou com fortes odores;

- Quem trabalha com construções, esmeril, vidros, devem usar os óculos de proteção;

- Faça o exame de acuidade visual pelo menos uma vez ao ano.

Fonte: Arq. RJ

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