quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Conceitos: Inundações / Comunhão e Direito


As "inundações"  -  Movimento dos Focolares[1]

            Conceito

Dentre os diálogos  [2] que o movimento dos Focolares promove, um deles é com a cultura contemporânea realizado com diferentes áreas do conhecimento e da experiencia de vida humana por parte do movimento dos Focolares, que foi inspirado por Chiara Lubich, onde a cultura tem o significado amplo de tudo que é a reflexão sobre o fazer e pensar humano, sua história e suas perspectivas de futuro. Um diálogo não é um fim em si, mas que quer compartilhar com homens e instituições do nosso tempo os valores em que acreditamos e que vivemos.
Para que isso seja possível, é necessário compreender e interpretar as expectativas e desafios da sociedade moderna.  
Desde o início de sua experiência, Chiara Lubich intuíu que o carisma por ela recebido era uma resposta a este período histórico: em sua universalidade e profecia, poderia influenciar e reabilitar as diversas realidades humanas, incluindo a cultura nas suas diferentes expressões e disciplinas.
Desde 1950, Chiara viu que a Obra que dela estava surgindo, teria três fases de desenvolvimento, com fantasia marcada com o nome de três cidades: Assis, Paris, Hollywood. Assis, a cidade de carisma, iluminação; Paris, a cidade de estudo, pesquisa e da elaboração cultural; Hollywood, o símbolo do evento e o anúncio.
Mas é somente nosa anos 90, com o nascimento da Escola Abba (um restrito grupo de especialistas em diversas disciplinas que reflete sobre as primeiras intuições do carisma de Chiara), que esta potência dialógica desabrocha, se articula e começa a criar um pensamento. Assim nasceu, no movimento dos Focolares, o “quinto diálogo”, também conhecido como “Inundações”, termo inspirado por uma analogia de João Crisóstomo que fala da sabedoria cristã como um rio que transborda lentamente inundando beneficamente as coisas humanas.
O dia 7 de maio de 1998 é considerado a data do nascimento oficial desta realidade, porque nesse dia, Chiara, durante uma viagem à Argentina e ao Brasil, escreveu uma carta a Movimento espalhadono mundo todo. Especifica que as duas realidades sociais nascidas até então, Economia de Comunhão (1991) e o Movimento Político pela Unidade (1996) eram ações sociais e políticas, das quais estava nascendo uma nova cultura, capaz (uma vez formulada e consolidada) de diálogar com a sociedade contemporânea, e às quais seriam seguidas por outras áereas espontâneamente, nascidas dos vários mundos profissionais.
Esta profecia se realizou em breve tempo. Em 1999 nasceu da Arte e  em 2000 a da Comunicação e, em seguida, aquela da Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Medicina, Direito, Ecologia, arquitetura e Esportes... Até agora são doze.
Com que ferramentas se trabalha? As usadas normalmente: congressos, seminários, reuniões, trocas de experiências profissionais... Porem, com duas inovações: em primeiro lugar a procura da consonância dos valores que o património cultural de várias disciplinas tem acumulado ao longo dos séculos, talvez esquecido e sufocado por séculos por intelectualismos, mas dos quais, a sociedade de hoje tem muita sede.
Em seguida, sobre o significado do termo "cultura" que é normalmente entendido em uma interpretação redutiva de investigação especializada e estudo, muitas vezes longe da realidade concreta dos homens e mulheres de hoje, o significado original e primário desta palavra, de acordo com os dicionários de maior autoridade, é o projeto "existencial". Portanto, não tanto noções ou categorias intelectuais...
A verdadeira cultura é aquela que ilumina a mente, faz seu pulsar o coração e torna-se encarnado no cotidiano.
A real singularidade do fenômeno cultural de "inundação" reside no fato de que não é a obra de um gênio ou uma elite de estudiosos. É um fruto da cultura da unidade vivida por um povo que fez do testamento de Cristo "que todos sejam um" (cf. Jo 17, 21), ideal de vida.


Comunhão e Direito

Comunhão e Direito nasceu em 2001 e é o diálogo do movimento dos Focolares com a cultura jurídica, feito por estudiosos e profissionais do direito em diferentes partes do mundo, que estão ligados entre si.
Em 2005, no primeiro Congresso Internacional "relacionamentos em direito: a quantidade de espaço para a fraternidade?"  foi aprofundada a dimensão relacional no direito e, se verifica se –sobre esta base- é possível viver os relaçionamentos jurídicos com o espírito de fraternidade.
Numerosos os testemunhos apresentados em várias áreas (civis, penais, administrativas, etc) que confirmam que o princípio da fraternidade ilumina a interpretação e a aplicação da norma jurídica.
Em 2009 se aprofunda a relação direito-justiça. Mais tarde, em 2011, o estudo e a pesquisa se ampliam com o novo tema "dignidade humana, relacionamentos, direito".
A iniciativa de Comunhão e Direito desenvolve-se em vários países em dois níveis, no plano da praxis inspirada na fraternidade das atividades diárias realizadas pelos operadores da justiça em diferentes ambientes jurídicos, salas de aula para tribunais, escritórios de advocacia e administração pública, a nível científico na pesquisa doutrinária em diálogo com as várias instâncias da cultura jurídica atual.

Nesta linha de atuação Comunhão e Direito reconhece que a contribuição de idéias e experiências, dadas por cada um, é único e insubstituível.
Fonte; Direito e Fraternidade


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