segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia da Bandeira

19 de Novembro Dia da Bandeira 
Regulamentação
A forma e os usos da bandeira nacional são regulamentados pela Lei 5700/71. Consta, por exemplo, que ela deve estar permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A solenidade de substituição ocorre no primeiro domingo de cada mês e toda bandeira fora de condições de uso deve ser entregue a uma unidade militar para ser incinerada. A lei também obriga as escolas a hastearem o pavilhão nacional pelo menos uma vez durante o ano letivo.
A legislação determina ainda que nenhuma bandeira de outro país pode ser hasteada em território nacional sem que conste do seu lado direito, em igual tamanho e em posição de destaque, a bandeira nacional. Exceções são permitidas apenas para as embaixadas e para os consulados.
Oração Além de um juramento oficial, a bandeira do Brasil conta com uma oração, escrita pelo poeta parnasiano Olavo Bilac. Ele também escreveu a letra do Hino à Bandeira, cuja música é de Francisco Braga.
ORAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL BRASILEIRA
(OLAVO BILAC) 
Bendita seja, Bandeira do Brasil!
Bendita seja, pela tua beleza! És alegre e triunfal.
Quando te estendes e estalas à viração, espalhas, sobre nós um canto e um perfume: porque a viração, que te agita, passou pelas nossas florestas, roçou as toalhas das nossas cataratas, rolou no fundo dos nossos grotões, beijou os píncaros das nossas montanhas, e de lá trouxe o bulício e a frescura que entrega ao teu seio carinhoso.
És formosa e clara, graciosa e sugestiva. O teu verde, côr da esperança, é a perpétua mocidade de nossa terra e a perpétua meiguice das ondas mansas que se espreguiçam sobre as nossas praias. O teu ouro, é o sol que nos alimenta e excita, pai das nossas searas e dos nossos sonhos, nume da fartura e do amor,fonte inesgotável de alento e de beleza. O teu azul é o céu que nos abençoa, inundando de soalheiras ofuscantes, de luares mágicos e de enxames de estrelas. E o teu Cruzeiro do Sul é a nossa história, as nossas tradições; viu a terra desconhecida e a terra descoberta, o nascer do povo indeciso, a inquieta alvorada da Pátria, o sofrimento das horas difícies e o delírio dos dias de vitória; para êle, para o seu fulgor divino ascenderam, numa escalada ansiosa, quatro séculos de beijos e de prreces; e, pelos séculos em fora irão para êle a veneração comovida e o culto feiticista da multidões de Brasileiros que hão de viver e lutar!
Bendita sejas, pela tua bondade! Cremos em ti; por esta crença, trabalhamos e pensamos. Á tua sombra, viçam os nossos sertões, cavados em vales meigos, riçados em brenhas profundas, levantados em serras magestosas, em que escondem torvelins de existências e tesouros virgens, fluem as nossas águas vivas e vertentes, em que circulam a nossa soberania e o nosso comércio, agora derramadas em correntes generosas, agora precipitadas em rebojos esplêndidos, agora remansadas entre selvas e colinas; e sorriem os nossos campos, cheios de lavouras e de gados, cheios de casais modestos, felizes no suado labor e na honrada paz. E, sob a tua égide, rumorejam as nossas cidades, comeias magníficas, em que tumultuam ondas de povo, e em que se extenuam braços, e se esfalfam estaleiros, e vozeiam mercados, e soletram escolas, e rezam igrejas!
Bendita sejas, pela tua glória! Para que seja maior a tua glória, juntam-se, na mesma labuta, a enxada e o livro, a espada e o escropo, a espingarda ..., o ... e a pena. Para o teu regaço piedoso, elevam-se, como uma oblata, os aromas dos jardins e os rolos de fumo das chaminés; e sobe o hino sacro de todas as nossas almas, ressoando o nosso esforço, o nosso pensamento e a nossa dedicação, vozes altas concertadas, em que se casam o ranger dos arados, o chiar dos carros de bois, os silvos das locomotivas, o retumbar das máquinas, o ferver dos engenhos, o clamor dos sinos, o clamor dos clarins, dos quartéis, o esfuziar dos ventos, o remalhar das matas, o murmurejo dos rios, o regougo do mar, o gorjeio das aves, todas as músicas secretas da natureza, as cantigas inocentes do povo, a serena harmonia criadora das liras dos poetas.
Bendita sejas pelo teu poder; pela esperança que nos dás; pelo valor que nos inspira, quando, com os olhos postos em tua imagem, batalhamos a boa batalha, na campanha augusta em que estamos empenhados; e pela certeza da nossa vitória, que canta e chispa no frêmito e no lampejo das tuas dobras ao vento e ao sol!
Bendita sejas pelo teu influxo e pelo teu carinho, que inflamarão todas as almas, condensarão numa só força todas as forças dispersas no território imenso, abafarão as invejas e as rivalidades no seio da família brasileira, e darão coragem aos fracos, tolerância aos fortes, firmeza aos crentes, e estímulo aos desanimados! Benditas sejas!
E para todo o sempre, expande-te, e desfralda-te, palpita e resplandece, como uma grande asa, sobre a definitiva Pátria, que queremos criar forte e livre; pacífica, mas armada; modesta, mas digna; dadivosa para os estranhos, mas antes de tudo maternal para os filhos, misericordiosa, suave, lírica, mas escudada de energia e de prudência, de instrução e de civismo, de disciplina e de coesão, de exército destro e de marinha aparelhada, para assegurar e defender a nossa honra, a nossa inteligência, o nosso trabalho, a nossa justiça e a nossa paz!
Bendita sejas para todo sempre, Bandeira do Brasil

Fonte;Portal Militar

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