quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Mosteiro de São Bento de Olinda elege seu novo abade

Os doze monges eleitores do Mosteiro de São Bento, em Olinda, elegeram ontem (21) pela manhã o novo Abade do monastério, o segundo mais antigo do Brasil (1586): o prior do Mosteiro de São Bento, em São Paulo, dom João Evangelista Kovas, 40 anos.A função deve ser exercida vitaliciamente, a não ser em casos especiais de renúncia, transferência de abadia ou aposentadoria aos 70 anos. Dom João Evangelista foi comunicado, por telefone, de sua eleição logo após o escrutínio e está sendo aguardado em Olinda, ainda hoje à noite, ou amanhã pela manhã, para conhecer a comunidade religiosa e marcar a data da posse. Don João Evangelista exercia a função de prior do Mosteiro de São Paulo desde 2006, é formado em Filosofia Antiga e Medieval e lecionava as duas matérias na Faculdade de São Bento.Prior é o cargo de confiança do Abade de um Mosteiro, liderança maior da instituição. Ele chegou ao cargo de prior aos 33 anos, após entrar no Mosteiro de São Bento depois de largar o curso de Medicina em São Paulo. Dom João Evangelista substituirá na direção espiritual e administrativa do Mosteiro de São Bento de Olinda a Dom Felipe José Cláudio da Silva, 50 anos, que foi eleito, dia 6 de novembro, Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, o mais rico e mais tradicional mosteiro beneditino do Brasil.O Mosteiro de Olinda é o segundo mais antigo fundado no Brasil. O primeiro mosteiro beneditino brasileiro é o de Salvador, Bahia, fundado em 1582, a primeira instituição beneditina construída nas Américas e a primeira a ser mantida fora da Europa. Os beneditinos chegaram a Pernambuco em 1586, quando residiram primeiramente na pequena Igreja de São João Batista, transferindo-se depois para a pequena ermida de Nossa Senhora do Monte, uma das mais antigas Igreja do Brasil, doada pelo então Bispo do Brasil, Dom Antonio Barreiros.Em 27 de outubro de 1597 os monges adquiriram um terreno que se chamava Olaria, junto ao Varadouro da Galeota, que pertencia a Gaspar Figueyra e Maria Pinta, mais tarde aumentado com a compra de mais três lotes vizinhos, quando iniciaram a construção de um mosteiro, que ficou pronto em 1599, mas logo foi destruído quando, em 1632, um incêndio consumiu grande parte de Olinda, deflagrado em decorrência da invasão pelos holandeses.
Fonte; domtotal

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