segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Igreja e os Direitos Humanos



RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – Celebra-se esta segunda-feira, 10 de dezembro, o Dia dos Direitos Humanos, que recorda os 64 anos da adoção por parta das Nações Unidas da Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948.

Na sociedade atual, pluralista e plurirreligiosa, Pe. Welistony Carvalho Viana, que é o Reitor do Seminário da Arquidiocese de Teresina, no Piauí, e membro da Comissão dos Direitos Humanos de Teresina, explica a posição da Igreja perante os Direitos do Homem:

“A Igreja Católica parte de um princípio, que é a fé, que diz que a pessoa humana, mais do que uma pessoa inteligente, uma pessoa que tem uma vontade livre, como é o caso da Filosofia, como a simples razão defenderia, a Igreja concebe que a pessoa humana é Imago Dei, ou seja, ela é a imagem de Deus. A pessoa foi feita de acordo com a dignidade do próprio Deus. O Salmo diz “pouco abaixo dos anjos nos fizestes”. A dignidade da pessoa humana vem diretamente dessa fonte divina. 
A concepção católica, que é uma concepção cristã, e diga-se de passagem uma concepção que fundou historicamente a nossa visão hoje de pessoa humana, propriamente o Cristianismo com sua visão de pessoa humana que formatou o Ocidente, essa concepção hoje é negada pelo pluralismo religioso que nós temos. 
Na sociedade pluralista, onde existem várias concepções de pessoa humana, o discurso católico muitas vezes se torna um entre esses discursos. A Igreja Católica oferece a sua ideia de pessoa humana, que é válida, mas a defesa dessa imagem deveria acontecer através de outras vias, como a via racional, aí a importância da Filosofia em todo esse discurso, ou seja, como dar bases racionais a essa visão cristã de pessoa humana, como fundamentar do ponto de vista filosófico esse discurso, para que seja depois capaz de atingir as outras religiões, as outras concepções de mundo.”

Como aplicar todos esses conceitos na prática?

“A prática dos Direitos Humanos cabe basicamente ao Estado. A descoberta dos Direitos Humanos foi sempre em contraposição ao Estado, é ele que tem que proteger, promover esses direitos.”

Fonte;radio vaticana

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