quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

4º DOMINGO DA QUARESMA 10 de março de 2013.-Para Estudo

“Alegra-te, Jerusalém; rejubilai todos
Os seus amigos. Exultai de alegria, todos
Vós que participastes do seu luto e podeis
beber e saciar-vos na abundância das
suas consolações” (Is 66,10-11)


Refletindo sobre a Palavra de Deus

Leituras: Js 5,9ª-12; Sl 33(34)2-3,4-5,6-7 (R/ 9ª);
2Cor 5,17-21; Lc 15,1-3,11-32 ( Filho pródigo ou pai
Misericordioso).

Caríssimos irmãos e irmãs, queridos jovens!

Neste quarto Domingo da Quaresma, somos convidados a descobrir o Deus rico em misericórdia empenhado em conduzir-nos a uma vida de comunhão com Ele. A Liturgia
Da Palavra apresenta-nos Deus como um Pai que nos ama com um amor eterno, apesar das nossas escolhas tantas vezes erradas. Deus é paciente e está sempre à espera para acolher e abraçar os filhos e filhas que decidem voltar.
O livro de Josué narra a entrada do povo de Deus na Terra Prometida. O rito da circuncisão, levado a cabo por Josué, faz-nos pensar numa espécie de “conversão” coletiva, que põe um ponto final ao “ sofrimento do Egito”e  assinala um “tempo novo”
Para um povo de Deus renovado e pronto para celebrar a Páscoa .
No banquete que celebra o regresso do filho pródigo, podemos ver uma referência ao banquete eucarístico. Com o salmo trinta e três, podemos cantar  alegremente: Provai e vede como o Senhor é bom!
São Paulo, hoje, nos recorda: “se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. Nós vos pedimos  em nome de cristo, reconciliai-vos com Deus”. Aceitemos realmente este convite, este é o tempo favorável que Deus nos concede para isso.
Alguém já considerou a parábola do filho pródigo ou do pai misericordioso “ o Evangelho dos Evangelhos”. É a mais bela e a mais longa das parábolas de Jesus, impregnada de uma finíssima psicologia própria daquele que nos contou, Jesus que conhece a infinita misericórdia do coração de Deus, que é o seu próprio coração e que na profundidade da alma humana, onde se desenrola o tremendo drama do pecado. Apesar das nossas infidelidades. Deus continua a oferecer-nos o seu amor. Como é que respondemos a esta oferta divina? Com uma vida de obediência aos seus mandamentos, ou com egoísmo e auto-suficiência?
A nossa conversão passa, necessariamente, pelo Sacramento da Penitência ou da Reconciliação e deve ser manifestada na vida cotidiana. “Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; É Deus quem vos exorta por nosso intermédio . Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus”


Vivendo a experiência da misericórdia
De Deus, podemos agir para:

a)      Fomentar a participação dos jovens nos conselhos de direitos e demais espaços de controle das políticas públicas de juventude em níveis locais, regionais e nacional;
b)       Desenvolver mecanismo de denúncia de violação dos direitos da juventude; do abuso infantil, do trabalho escravo, do tráfico de drogas:
c)       Construir estratégias para a reflexão, divulgação e monitoramento da Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens:
d)       Participar de manifestações em prol da vida e apoiar iniciativas que, consonantes às orientações da Igreja, defendam a vida:
e)       Valorizar as identidades culturais dos diversos povos que formam o povo brasileiro, para que nossos jovens respeitem e reconheçam a importância das diversidades culturais;
f)         Pautar temas relacionados às comunidades tradicionais e estabelecer parcerias na defesa de seus direitos; realizar trabalhos, pesquisas, excursões, missões e atividades nessas comunidades

                                                      Que projeto de vida
                                                 E modelo devemos imitar?

A jovialidade do projeto de Jesus Cristo consistia, portanto, na apresentação da novidade do Reino como renovação radical da relação com Deus e com os irmãos, com conseqüências radicais diante do sistema de sociedade que vigorava na época. , O Reino de Deus era o grande anúncio de Jesus. A partir de sua experiência de comunhão com o pai, Jesus propõe um jeito totalmente novo de ver, de pensar, de agir e de organizar as relações entre as pessoas. Quando diz: “o Reino já está no meio de nós” e é dom do pai ( cf. Lc.16,20), apresenta a si mesmo: “ Eu sou o caminho, a verdade e a vida” ( Jo 14,6). Por parte dos homens e das mulheres, existe a necessidade de conversão, de acolhimento, de mudança nas estruturas sociais injustas, de esforço para o Reino de Deus crescer ( cf. Mt 13,21-33). Por seu jeito de ser e de viver, Jesus revela e inaugura o Reino ( cf. Mt 25,31-46).
Jesus de Nazaré é o modelo a ser seguido. Quando o contemplamos, vemos, em seu modo de viver, atitudes a serem assumidas hoje. Ressaltamos sua comunhão na intimidade da Trindade e o zelo por realizar vontade do pai ( cf. Jo 6,38), com autenticidade e com coerência, o que causava admiração das pessoas (cf. Lc 4,22); sua misericórdia, seu acolhimento e sua capacidade de perdoar (cf .Mt 18,21; Jo 8,3-11): seu senso de diálogo (cf. Lc 9,49-50); sua capacidade de amar até entregar a própria vida ( cf. Mt 20,28; Jo10,15-17)e, assim, transformar o que é “velho” em “novo” (cf..Lc 10,24). Mas a novidade de sua proposta se encontra, mesmo, na radicalidade do mandamento do amor (cf. Mt,5,43-48;Jo13,1-5),que ilumina situações de vida e a observância dos mandamentos (cf.Mt 5,23-24). Ele vivenciou primeiro esse amor, até a entrega na cruz ( cf. Jo19,30),e derramou o Espírito Santo em nossos corações para recordar aos discípulos missionários esse exemplo e fortalecê-los na vivência da novidade do amor.

                                                 Construindo a Solidariedade

Deus, bom e fiel, jamais se cansa de chamar os que erram a uma verdadeira conversão e que, em Jesus Cristo, levantado na cruz, nos cura de todo mal, nos ensina a solidariedade geradora de paz. Que ele nos conceda a riqueza da graça para que, renovados pelo Espírito Santo, possamos corresponder a seu desígnio de amor eterno e infinito e que tomemos consciência de que a comunhão com Deus exige a reconciliação com os irmãos e irmãs; a comunhão com os outros.

A reconciliação provoca em nós a alegria de uma situação nova, porque nos faz renascer!.

Aclamemos no Domingo de Ramos e da paixão do Senhor, a Jesus Cristo, Deus feito homem e que deu a Vida para nos salvar, e sejamos generosos, partilhando nossos bens que contribuirão para os fundos de solidariedade diocesano e nacional.
Fonte; CNBB


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