quarta-feira, 27 de março de 2013

Reflexão da Quinta Feira Santa

                                          Youtube:voninainessump·
Jesus estava comovido – precisava ainda que sentindo o momento supremo chegar, dar o último exemplo, o último ensinamento aos discípulos… o ensinamento que complementa o amor: A CARIDADE. Tirando o manto, amarrando uma toalha na cintura, derramando água numa vasilha, começou a lavar, enxugar e beijar os pés dos discípulos. Humildade das humildades, caridade das caridades – era o servo, mas mesmo assim DEUS, o DEUS DO AMOR.

“Vistes o que vos fiz?” perguntou-lhes… “É isso que deveis fazer uns aos outros.”
Irmãos, existe melhor exemplo que esse? Reflitamos – estamos “lavando” os pés uns dos outros? Se não, é tempo de começar.
Na Santa Ceia Sagrada Jesus instituiu a EUCARISTA : seu corpo e sangue, alimento que nos salva, nos perdoa, nos transforma em verdadeiros homens e cristãos. A presença da Eucaristia em nossas células corpóreas nos revigora, nos emociona – lembramo-nos de que devemos segui-lo e aos seus exemplos e ensinamentos.
Hoje também é o dia da Renovação dos Votos Presbiteriais – os padres renovam sua obediência à Jesus, à Igreja e ao Santo Padre o Papa. Nós, leigos, também devemos neste dia renovar os nossos votos de sacerdotes do Senhor, revigorarmos nossas forças para a caminhada, para a proclamação dos ensinamentos do Senhor a todos os povos.
Jesus nos lavou não com água mas com o seu preciosíssimo SANGUE – estamos limpos de corpo e alma – vamos e não pequemos mais…
O Senhor já afirmou que o Reino do Pai já está instaurado, falta agora a sua vinda para chamar aqueles que estarão a seu lado, as moradas estão prontas. Vigiemos para que não deixemos passar essa oportunidade de ser levado pelas mãos de Jesus.

QUINTA-FEIRA SANTA: INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIAA liturgia de Quinta-Feira Santa é riquíssima de conteúdo. É o grande dia da instituição da Sagrada Eucaristia, dom do Céu para os homens; o dia da instituição do sacerdócio, nova prenda divina que assegura a presença real e atual do Sacrifício do Calvário em todos os tempos e lugares, tornando possível que nos apropriemos dos seus frutos.
Aproximava-se o momento em que Jesus ia oferecer a sua vida pelos homens. Tão grande era o seu amor, que na sua Sabedoria infinita encontrou o modo de ir e de ficar, ao mesmo tempo. São Josemaria, ao considerar o comportamento dos que se vêem obrigados a deixar a sua família e a sua casa, para procurar emprego em outro lugar, comenta que o amor humano costuma recorrer aos símbolos. As pessoas que se despedem trocam lembranças entre si, talvez uma fotografia… Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem, não deixa um símbolo, mas uma realidade. Fica Ele mesmo. Embora vá para o Pai, permanece entre os homens. Sob as espécies do pão e do vinho está Ele, realmente presente, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade.
Como responderemos a esse amor imenso? Assistindo com fé e devoção à Santa Missa, memorial vivo e atual do Sacrifício do Calvário. Preparando-nos muito bem para comungar, com a alma bem limpa. Visitando Jesus com freqüência, escondido no Sacrário.
A primeira leitura da Missa, recorda o que Deus estabeleceu no Antigo Testamento, para que o povo israelita não se esquecesse dos benefícios recebidos. Desce a muitos detalhes: desde como devia ser o cordeiro pascoal, até aos pormenores que tinham de cuidar para recordar a passagem do Senhor. Se isso se prescrevia para comemorar alguns acontecimentos históricos, que eram só uma imagem da libertação do pecado realizada por Jesus Cristo, como deveríamos comportar-nos agora, quando verdadeiramente fomos resgatados da escravidão do pecado e feitos filhos de Deus!
Esta é a razão por que a Igreja nos inculca um grande esmero em tudo o que se refere à Eucaristia. Assistimos ao Santo Sacrifício todos os domingos e festas de guarda, sabendo que estamos participando numa ação divina?
São João relata que Jesus lavou os pés dos discípulos, antes da Última Ceia. Temos de estar limpos, na alma e no corpo, e aproximarmos para recebê-lo com dignidade. Para isso nos deixou o Sacramento da Penitência.
Comemoramos também a instituição do sacerdócio. É um bom momento para rezar pelo Papa, pelos Bispos, pelos sacerdotes, e para rogar que haja muitas vocações no mundo inteiro. Pediremos melhor na medida em que tenhamos mais diálogo com esse Jesus, que instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio. Vamos dizer, com total sinceridade, o que repetia São Josemaria: Senhor, põe no meu coração o amor com que queres que eu te ame.
Na cena de hoje Nossa Senhora não aparece fisicamente, ainda que estivesse em Jerusalém naqueles dias: encontrá-la-emos amanhã ao pé da Cruz. Mas já hoje, com a sua presença discreta e silenciosa, acompanha muito de perto o seu Filho, em profunda união de oração, de sacrifício e de entrega. João Paulo II assinala que, depois da Ascensão do Senhor ao Céu, participaria assiduamente nas celebrações eucarísticas dos primeiros cristãos. E acrescenta o Papa: aquele corpo, entregue em sacrifício e presente agora nas espécies sacramentais, era o mesmo corpo concebido no seu ventre! Receber a Eucaristia devia significar para Maria quase acolher de novo no seu ventre aquele coração que batera em uníssono com o d’Ela (Ecclesia de Eucharistia, 56
Também agora Nossa Senhora acompanha Cristo em todos os sacrários da terra. Peçamos-lhe que nos ensine a ser almas de Eucaristia, homens e mulheres de fé segura e de piedade forte, que se esforçam por não deixar Jesus só. Que saibamos adorá-lo, pedir-lhe perdão, agradecer os seus benefícios, fazer-lhe companhia.
Fonte: Santuário Nacional do sagrado coração 

Nenhum comentário:

Postar um comentário