segunda-feira, 22 de abril de 2013

Movimento Neocatecumenal quer levar 70 mil à JMJ

2013-04-22 Rádio Vaticana
Rio de Janeiro (RV) - Participar de uma JMJ está entre os sonhos de muitos jovens. Desde o início do ano de 2012 que um grupo de 45 jovens, membros de algumas comunidades neocatecumenais da Paróquia Santos Nabor e Feliz de Milão em Itália, estão se preparando para a JMJ de julho no Rio de Janeiro. Em primeiro lugar procurando preparar o coração através da oração e, por fim, resolver os mil problemas práticos ligados a uma viagem tão importante. A previsão, segundo os organizadores, é que o Movimento Neocatecumenal, como um todo, traga mais de 70 mil para a Jornada.
O primeiro obstáculo é a parte econômica, pois a passagem de avião custa mais de R$ 5.100 (aproximadamente 2.000 euros), valor que na Europa e em particular na Itália está muito acima das possibilidades de muitos jovens e das suas famílias. “No início pensávamos em não viajar porque a viagem era muito cara, exigia muito esforço e o meu namorado tinha decidido de não ir. Não tendo dinheiro e não querendo pedi-lo aos meus familiares isto me freava” – conta Sara, 20 anos, no primeiro ano da universidade – “Depois entendi que eram só desculpas. Se o Senhor me tinha feito o convite, eu deveria confiar Nele. E me coloquei no jogo!”.
Assim, Sara e outros jovens de Milão colocaram as mãos à obra. Para financiar a viagem eles estão organizando, envolvendo toda a família, três banquetes de tortas (mais de cem no total). Daqui até julho estão também previstas outras tantas vendas em frente à Igreja aos domingos - “graças aos nossos irmãos de comunidade temos conseguido muitos prêmios – conta Sara.
Também na minha paróquia, um irmão que é dentista, por exemplo, colocou como prêmio uma limpeza de dentes, um oculista um par de óculos de sol, um pintor a pintura de um quarto e o valor conseguido com a venda dos bilhetes ajudou muito a baixar o custo da viagem, que estamos pagando a prazo. É bom ver a providência! Encontrei também um trabalho de babá e, até agora, pude evitar pedir um real que seja aos meus pais. Quero muito ir à JMJ porque também é um período de aridez espiritual para mim: espero encontrar o Senhor para que me confirme que ser cristã é viver na felicidade, e que só a Sua Palavra liberta”.

Outro dos jovens que se prepara para a JMJ é o Matteo. Ele tem 18 anos, está no último ano do Ensino Médio e é o mais velho de oito irmãos. “Inicialmente não queria viajar, a viagem era muito cara e também o Brasil me parecia um país com uma cultura muito longe da nossa, com tantos problemas de pobreza, a violência, as favelas... Então me veio em mente a JMJ de Madri, tinha sido uma experiência belíssima.” – explica Matteo. “Assim, não sabendo o que decidir, abri a Bíblia ao acaso para encontrar uma inspiração e me saiu a passagem do Evangelho da figueira sem frutos que iria ser cortada... Me acertou! Pensei que o Rio, no fundo, poderia ser uma ocasião para que minha vida desse frutos. Assim, decidi me inscrever. E vi que o Senhor, desde quando me decidi, me tem dotado de tranquilidade. Estou convencido de que será uma experiência muito forte! Também pelo encontro com o Brasil, com a sua vivacidade e com os cristãos de lá. E então, aí, talvez o Senhor nos falará mais facilmente longe de casa e sem o peso de todas as nossas coisas”.
O caminho neocatecumenal é um itinerário de formação cristã, iniciado na Espanha em 1964, por iniciativa do pintor Kiko Argüello e de Carmen Hernández ao qual, mais tarde, se juntou o padre Mario Pezzi, como resposta às novas diretrizes trazidas pelo Concílio Vaticano II, proporcionando um caminho de redescoberta do batismo. Hoje, está presente em 110 países e conta com 95 seminários diocesanos Redemptoris Mater, espalhados por todo o mundo, sendo três deles no Brasil (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro). Conta ainda com inúmeras famílias em missão, enviadas a todo o mundo para promover a implantação da Igreja onde ela não existe.

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