Na manhã desta sexta-feira, como habitualmente, o Santo Padre rezou missa na capela da Casa de Santa Marta, tendo concelebrado com ele o cardeal Mauro Piacenza e Dom Celso Morga, respectivamente prefeito e o secretário da Congregação para o Clero, acompanhados por sacerdotes e o pessoal do Dicastério. Presentes também o cardeal Bertello e o bispo de Humahuaca, na Argentina, D. Pedro Olmedo Rivera, assim como D. Benjamim Almoneda, bispo emérito de Daet, nas Filipinas.
Na sua homilia, retomando a Carta de São Paulo aos Coríntios, o Papa falou de Paulo como um pecador que acolhe Cristo e dialoga com ele, fazendo ver a fraqueza do pecador que era. Ele insiste como que em refrãos, nos seus pecados. È um modelo de humildade para nós padres – disse o Papa, prosseguindo:
“Se nos orgulharmo-nos somente do nosso curriculum e nada mais, acabaremos errando. Não poderemos anunciar Jesus Cristo Salvador porque no fundo não o sentimos. Devemos ser humildes, com uma humildade real, com nome e apelido: “eu sou pecador por isto, isso e aquilo” tal como fez São Paulo. “Persegui a Igreja”, come faz ele: pecadores concretos. Não pecadores com aquela humildade só de fachada, não é? Não, não, humildade forte!”
O Papa disse depois que temos um tesouro: Jesus Cristo Salvador. A cruz de Cristo de que nos orgulhamos. Mas, sublinhou, é tesouro frágil, num vaso de barro. Tal como decantamos isso, decantemos também os nossos pecados por forma a que o dialogo seja cristão, católico, concreto, porque a salvação de Jesus é concreta.
“Jesus Cristo não nos salvou com uma ideia, com um programa intelectual: não. Salvou-nos com a carne, a carne concreta. Baixou-se, fez-se homem, fez-se carne até ao fim”.
O único modo para receber realmente o dom da salvação é reconhecermo-nos fracos e pecadores, evitando todas as formas de auto-justificação – disse o Papa - acrescentando que também a Samaritana que se encontrou com Jesus comportou-se depois como São Paulo: conta aos seus conterrâneos os seus pecados e a transformação da sua vida depois do encontro com Jesus. Estou certo – disse o Papa - que esta mulher se encontra hoje no Céu, porque, disse citando o escritor italiano Manzone: nunca aconteceu que o Senhor tenha começado um milagre e não o tenha terminado como deve ser” e esse milagre que ele iniciou, seguramente terminou-o bem no Céu”. A ela, a Samaritana, conclui o Papa, “Pedimos que nos ajude a ser vasos de barro para poder compreender e difundir o mistério glorioso de Jesus Cristo. “
Fonte: Rádio Vaticana
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