A justiça é a primeira forma de caridade. E o exercício da justiça é um empenho de vida apostólica – recordou o Papa Francisco, ao receber nesta sexta-feira, no Palácio Apostólico, os cinquenta e cinco participantes na Assembleia Plenária do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, que tem como tema a promoção de uma defesa eficaz do vínculo matrimonial nos processos canónicos de nulidade.
A este propósito, o Santo Padre centrou as suas atenções sobre o ministério do “Defensor do Vínculo”, cuja presença e intervenção – recordou - são obrigatórios ao longo de todo o processo para uma eventual declaração de nulidade. Um serviço importante que deve ser exercido com empenho e solicitude.O Defensor do vínculo que quer prestar um bom serviço não pode limitar-se a uma rápida leitura das actas, nem a respostas burocráticas e genéricas. Na sua delicada tarefa, está chamado a procurar harmonizar as prescrições do Código de Direito Canónico com as situações concretas da Igreja e da sociedade.
O Papa Francisco sublinhou que “o cumprimento fiel e pleno do Defensor do vínculo não constitui uma pretensão lesiva das prerrogativas do juiz eclesiástico”. Por isso, quando “exercita o dever de fazer apelo até mesmo para a Rota Romana, contra uma decisão que considera lesiva da verdade do vínculo”, a sua tarefa não interfere com a do juiz.
Mais ainda: os juízes podem encontrar uma ajuda para a sua actividade na actividade cuidadosa de quem defende o vínculo matrimonial.
O Concílio Ecuménico Vaticano II definiu a Igreja como comunhão. É nesta perspectiva que há que encarar tanto o serviço do Defensor do vínculo como a consideração que lhe é devida, num diálogo atento e respeitoso.
Fonte: Rádio Vaticano
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