No final de 2013 somos chamados a fazer uma retrospectiva do evento que marcou o ano, o Brasil, a Igreja e o mundo: a Jornada Mundial da Juventude Rio2013, a primeira viagem apostólica do Papa Francisco.
Passados cinco meses do evento, hoje intelectuais de diversas áreas analisam o que chamam de ‘efeito Francisco’. O padre jesuíta Antonio Spadaro, em seu livro lançado recentemente, “A proposta do Papa Francisco – o futuro rosto da Igreja”, afirma:
“Passado um pouco de tempo, o sabor espiritual do evento em terras brasileiras deve ser examinado com cuidado para apreender os significados profundos desta ‘decolagem de pontificado’, como foi definido, compreendendo também os motivos da alegria que a acompanhou. Alguns falaram de uma ‘encíclica vivida’, feita de gestos e palavras que devem ser revistos e meditados com atenção para consolidar seus significados e avaliar seu valor para a vida da Igreja”, pontuou o sacerdote.
Sim, o futuro do novo pontificado foi descortinado na Jornada, dando a esse evento uma importância vital para a ação pastoral da Igreja. Descreve o padre Spadaro:
“No Rio de Janeiro, vimos as linhas de governo da Igreja que o Papa Francisco pretende seguir. Na Praia de Copacabana e entre as ruas da cidade compreendemos, portanto, muitas coisas. Por essas ruas, Francisco traçou à mão as rotas para a Igreja do futuro próximo, desenhou seu rosto em esboços em suas várias intervenções. Também ofereceu uma imagem da sociedade que hoje todos são chamados a construir, indicando algumas prioridades e instando os cristãos a trabalharem com todos, como cidadãos de um Estado laico, para a construção dos vínculos sociais precisamente graças às diferenças. Para Francisco é justamente a fé que permite ver e compreender a arquitetura das relações humanas na ‘cidade’.”
A Igreja que vai ao encontro do povo
Muito mais que representar a Igreja ou reunir jovens de todo o mundo, a intenção do Papa Francisco ao vir ao Brasil era encontrar-se com as pessoas. E foi isto que o Santo Padre mais fez durante os dias da Jornada Mundial da Juventude. Ele reuniu padres, bispos, autoridades, jovens e idosos, pobres, ricos e doentes. Ele esteve muito próximo do povo em vários momentos.
A surpresa foi logo quando o Santo Padre chegou ao Rio de Janeiro. Ele teve seu primeiro contato com o povo já na saída da Base Aérea do Galeão, no dia 22 de julho. Preferindo estar em um carro popular e mantendo os vidros abaixados, Francisco acenou para a multidão calorosa, que já não podia se conter de alegria por ver a paz trazida pelo Papa.
Já em seu primeiro discurso, o Santo Padre pediu a todos os brasileiros e peregrinos licença para entrar e trazer Cristo a nós. “Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, disse na cerimônia de boas-vindas no Palácio Guanabara, na noite do dia 22 de julho.
E ele entrou pelas portas na Comunidade de Varginha e sorriu afetuosamente a todos por quem passava em suas viagens no papamóvel. A cada evento oficial, milhões de pessoas aguardavam com olhares atentos a chegada do Santo Padre.
A explicação de tanta acolhida foi dada pela próprio Papa. Ele disse que a proximidade leva ao diálogo e gera a cultura do encontro. Por isso, em todas as ocasiões buscava estar próximo ao povo, estar em comunhão. “A proximidade cria comunhão e pertença, dá lugar ao encontro. A proximidade toma forma de diálogo e cria uma cultura do encontro”, disse no encontro com a Comissão de Coordenação do Celam.
Acolhida Calorosa
Durante os trajetos, pessoas do mundo inteiro viram um espetáculo de amor e fé, um verdadeiro encontro. Jovens e idosos, homens, mulheres e crianças buscavam atrair a atenção do Papa, jogando camisas, bonés, cartas, bandeiras ou tirando fotos e gritando “Papa Francisco eu te amo”.
Com um afetuoso beijo, o Papa recebeu em seus braços crianças que eram trazidas pelos seguranças. Com seu olhar de amor, Francisco retribuía a todos os gestos de carinho com sorrisos e acenos incansáveis.
Um dos momentos mais emocionantes foi o encontro com o jovem Nathan de Brito, de 9 anos, na Glória, Zona Sul da cidade. O Pontífice seguia de papamóvel da Quinta da Boa Vista para o Palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio.
O menino levou o Santo Padre às lágrimas em um curto diálogo. “Santo Padre, eu quero ser sacerdote de Cristo, um representante de Cristo”, disse no dia 26 de julho, após conseguir vencer a segurança e a multidão. “Eu vou rezar para você, mas peço que você também reze por mim”, respondeu o Papa, que o abraçou carinhosamente.
Passados cinco meses do evento, hoje intelectuais de diversas áreas analisam o que chamam de ‘efeito Francisco’. O padre jesuíta Antonio Spadaro, em seu livro lançado recentemente, “A proposta do Papa Francisco – o futuro rosto da Igreja”, afirma:
“Passado um pouco de tempo, o sabor espiritual do evento em terras brasileiras deve ser examinado com cuidado para apreender os significados profundos desta ‘decolagem de pontificado’, como foi definido, compreendendo também os motivos da alegria que a acompanhou. Alguns falaram de uma ‘encíclica vivida’, feita de gestos e palavras que devem ser revistos e meditados com atenção para consolidar seus significados e avaliar seu valor para a vida da Igreja”, pontuou o sacerdote.
Sim, o futuro do novo pontificado foi descortinado na Jornada, dando a esse evento uma importância vital para a ação pastoral da Igreja. Descreve o padre Spadaro:
“No Rio de Janeiro, vimos as linhas de governo da Igreja que o Papa Francisco pretende seguir. Na Praia de Copacabana e entre as ruas da cidade compreendemos, portanto, muitas coisas. Por essas ruas, Francisco traçou à mão as rotas para a Igreja do futuro próximo, desenhou seu rosto em esboços em suas várias intervenções. Também ofereceu uma imagem da sociedade que hoje todos são chamados a construir, indicando algumas prioridades e instando os cristãos a trabalharem com todos, como cidadãos de um Estado laico, para a construção dos vínculos sociais precisamente graças às diferenças. Para Francisco é justamente a fé que permite ver e compreender a arquitetura das relações humanas na ‘cidade’.”
A Igreja que vai ao encontro do povo
Muito mais que representar a Igreja ou reunir jovens de todo o mundo, a intenção do Papa Francisco ao vir ao Brasil era encontrar-se com as pessoas. E foi isto que o Santo Padre mais fez durante os dias da Jornada Mundial da Juventude. Ele reuniu padres, bispos, autoridades, jovens e idosos, pobres, ricos e doentes. Ele esteve muito próximo do povo em vários momentos.
A surpresa foi logo quando o Santo Padre chegou ao Rio de Janeiro. Ele teve seu primeiro contato com o povo já na saída da Base Aérea do Galeão, no dia 22 de julho. Preferindo estar em um carro popular e mantendo os vidros abaixados, Francisco acenou para a multidão calorosa, que já não podia se conter de alegria por ver a paz trazida pelo Papa.
Já em seu primeiro discurso, o Santo Padre pediu a todos os brasileiros e peregrinos licença para entrar e trazer Cristo a nós. “Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, disse na cerimônia de boas-vindas no Palácio Guanabara, na noite do dia 22 de julho.
E ele entrou pelas portas na Comunidade de Varginha e sorriu afetuosamente a todos por quem passava em suas viagens no papamóvel. A cada evento oficial, milhões de pessoas aguardavam com olhares atentos a chegada do Santo Padre.
A explicação de tanta acolhida foi dada pela próprio Papa. Ele disse que a proximidade leva ao diálogo e gera a cultura do encontro. Por isso, em todas as ocasiões buscava estar próximo ao povo, estar em comunhão. “A proximidade cria comunhão e pertença, dá lugar ao encontro. A proximidade toma forma de diálogo e cria uma cultura do encontro”, disse no encontro com a Comissão de Coordenação do Celam.
Acolhida Calorosa
Durante os trajetos, pessoas do mundo inteiro viram um espetáculo de amor e fé, um verdadeiro encontro. Jovens e idosos, homens, mulheres e crianças buscavam atrair a atenção do Papa, jogando camisas, bonés, cartas, bandeiras ou tirando fotos e gritando “Papa Francisco eu te amo”.
Com um afetuoso beijo, o Papa recebeu em seus braços crianças que eram trazidas pelos seguranças. Com seu olhar de amor, Francisco retribuía a todos os gestos de carinho com sorrisos e acenos incansáveis.
Um dos momentos mais emocionantes foi o encontro com o jovem Nathan de Brito, de 9 anos, na Glória, Zona Sul da cidade. O Pontífice seguia de papamóvel da Quinta da Boa Vista para o Palácio São Joaquim, residência do arcebispo do Rio.
O menino levou o Santo Padre às lágrimas em um curto diálogo. “Santo Padre, eu quero ser sacerdote de Cristo, um representante de Cristo”, disse no dia 26 de julho, após conseguir vencer a segurança e a multidão. “Eu vou rezar para você, mas peço que você também reze por mim”, respondeu o Papa, que o abraçou carinhosamente.
Fonte: Arq.RJ
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