Papa Francisco continua a residir na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano. O prédio tem cinco andares e fica ao lado dos muros que marcam o confim sul do Estado Vaticano. Esta residência, que antes de 13 de março era pouco notada pelos funcionários de passagem, é hoje alvo das atenções de todos, pois é daquela porta que o Papa entra e pode sair, a qualquer momento. Nós estivemos lá, esta manhã. Nesta entrevista (clique acima) Pe. João Momete, italiano, 76 anos, missionário no Pará, fala de sua experiência ao conviver com o Papa na Casa Santa Marta.
O sacerdote está retornando ao Brasil, mas encontra obstáculos. Depois de passar dois anos na Itália em tratamento de saúde, Pe. João perdeu seu visto de permanência em nosso país. Ele colhe a ocasião de nosso encontro e lança um apelo: “Faço um apelo para os nossos bispos: que os que trabalharam no Brasil – este é um caso importante – como eu, desde 1956 que estou no Brasil. Agora, por motivos de saúde, tive que estar mais de 2 anos na Itália, perdi meu direito de permanência no Brasil. Então, eu diria: faço um apelo a CNBB, aos políticos. Que olhem também a questão dos vistos para os nossos missionários, para aqueles que trabalham pelo bem do Brasil. Eu dei minha vida para o Brasil e agora tenho que refazer toda a papelada para voltar e ter o visto permanente. Que os irmãos da CNBB pensem nisto, nossos senadores, deputados maravilhosos, que pensem em fazer uma lei também para isso. Eu sou cidadão do Pará, cidadão de Igarapeaçú, onde eu comecei a trabalhar, e agora sou como uma pessoa que entra pela primeira vez no Brasil! Isso não pode. Quem é cidadão honorário de um estado ou de um município, uma vez que tem este título é porque o mereceu, porque reconheceram os trabalhos deles. Então, que ele fique permanente no Brasil! E se tiver que ficar fora porque como eu, sou velho e tive que cuidar de minha saúde, perdi todo o meu direito é muito triste isso”.
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