sábado, 19 de janeiro de 2013
São Sebastião - Patrono da Jornada Mundial da Juventude - rogai por nós!
Não existe católico que não tenha ouvido falar, ao menos uma vez, a respeito de São Sebastião. De fato, ele foi um cristão que se tornou famoso por sua valentia e coragem, nos primeiros tempos da Igreja. Nasceu em Narbona, uma cidade perdida no imenso império romano, que então dominava o mundo.
Diz a história que, quando Sebastião era ainda pequeno, sua família mudou-se para a cidade de Milão, que era a capital do Império. Ali morreu o seu pai, ficando o menino entregue aos cuidados maternos. A sua mãe era cristã, e isto não era tão comum naquela época. Os cristãos eram perseguidos como inimigos do Estado pelo fato de não adorarem aos deuses pagãos. Todos os que adotassem essa nova religião seriam aprisionados e lhes eram confiscados os seus bens, daí então, a mãe de Sebastião, sendo cristã, transmitiu ao filho o dom da fé cristã. Fé viva e verdadeira que nos compromete em tudo e sempre. Assim começa a história de um santo, início de uma vida como de qualquer vida.
Quando os cristãos começaram a ser perseguidos, Sebastião tomou uma decisão importante: iria para Roma e tentaria ajudar os cristãos de lá, confiando na sua fé e no prestígio que gozava como soldado fiel e corajoso. A perseguição, a que nos referimos, iniciou-se precisamente no dia 23 de fevereiro de 303 e foi ordenada pelo imperador Diocleciano. Por três anos e meio correu muito sangue e não houve paz para os inocentes cristãos!
Sebastião, logo que chegou a Roma, foi promovido a oficial. O imperador cativado pela fibra e personalidade deste jovem o nomeou comandante dos pretorianos, seus guardas-pessoais.
Durante esse tempo de perseguição, Sebastião trabalhava na corte. Ocultava com muito cuidado sua fé cristã, não com medo de morrer, mas para cumprir melhor o seu papel: encorajar seus irmãos na fé e na perseverança, especialmente os mais tímidos e vacilantes, merecendo, com isso, o título de "auxílio dos cristãos".
Assim sendo, muitos cristãos aprisionados e temerosos de sua morte, após ouvirem Sebastião, sentiam-se revigorados e destemidos, prontos a enfrentar a tortura e a morte por amor a Cristo. Não mais os amedrontava o cárcere e a crueldade nos suplícios.
Entretanto, havia uma razão para explicar a força que sustentava os cristãos em suas provações e essa força era o amor, seguido do desprendimento, a fé e a esperança em Cristo ressuscitado. Sebastião sabia perfeitamente de tudo isso e por esse motivo passava de cárcere em cárcere, visitando e animando os irmãos a se manterem firmes na fé, mostrando que na vida, os sofrimentos são passageiros e que o prêmio reservado aos perseverantes na fé é eterno.
Mas enquanto alguns resolvem iniciar seu processo de conversão, outros continuam tramando o mal. De fato, a perseguição sistemática do imperador Diocleciano torna-se cada vez mais violenta, exigindo dos cristãos, muita coragem e heroísmo.
Sebastião já não podia continuar ocultando sua fé, por ter se tornado luz que ilumina a todos. E um dia alguém o denunciou ao prefeito, por ser cristão. O imperador também foi cientificado e recebeu todas as informações. Deixar Sebastião em liberdade representava um grave "perigo" para a cidade inteira. Então, mandou que o chamassem para ouvir dele próprio a confirmação.
Acuado e acusado de todos os lados, preparou-se o soldado cristão para assumir a sua missão. Ainda podia fugir, podia voltar atrás, mas não o fez: ficou firme em sua fé e assumiu o acontecimento iminente. Ele anunciou o Reino de Deus, denunciou a inutilidade dos ídolos da sociedade, suas injustiças e falsas ideologias, seus mitos e seus pecados. Tinha se comprometido e, por isso, agora devia pagar o devido preço.
Revestido da cintilante couraça e ostentando todas as insígnias merecidas, Sebastião se apresenta diante do imperador que o interroga. Diante dos presentes estupefatos, confessa sua fé e diz resolutamente ser cristão. O imperador logo o acusa de traidor. Sebastião lembra que esta acusação é uma absurda mentira, pois até agora tem cumprido fielmente seu dever para com a Pátria e o imperador, protegendo-lhe a vida em muitas circunstâncias.
O imperador estava imaginando uma forma original, diferente, de executar a sentença de morte que iria pronunciar contra o seu mais fiel oficial. Mandou chamar o comandante dos arqueiros de numídia, homem originário de uma região desértica da África, onde a caça só era possível com as flechas e o incumbiu de executar a sentença capital do oficial cristão.
O imperador ordenou que amarrassem o soldado cristão a uma árvore, num bosque dedicado ao deus Apolo. Que o crivassem de flechas, mas não atingissem seus órgãos vitais, para que morresse lentamente. Assim foi feito! Com a perda de sangue e a quantidade de feridas, Sebastião desmaiou, já era tarde! Julgando-o morto, os flecheiros retiraram-se.
Alguns cristãos que haviam preparado o necessário para o enterro, foram buscar o corpo. Provavelmente subornaram os carrascos dando-lhes dinheiro para conseguir o corpo do mártir. Qual não foi a surpresa daqueles cristãos, quando perceberam que Sebastião respirava ainda. Estava vivo... Levaram-no à casa da matrona Irene, esposa do mártir. Caustulo e, com muito cuidado, foram curando-lhe as feridas.
Alguns dias se passaram, Sebastião já havia se recuperado dos ferimentos e estava disposto a ir até o fim. Não fora ele chamado "defensor da Igreja" pelo próprio Papa? Se ele a tinha defendido antes, às ocultas, agora a defenderia publicamente, para que todos pudessem escutar a defesa da Igreja, ali reduzida ao silêncio.
Chegou o dia 20 de janeiro. Era o dia consagrado à divindade do imperador. Este saiu em grande cortejo de seu palácio e dirigiu-se ao templo do deus Hércules, onde seriam oferecidos os sacrifícios de costume. Estando coroado pelos sacerdotes pagãos e pelos homens mais nobres do império, foi concedida uma audiência pública. Quem desejasse pedir alguma graça ou apresentar alguma queixa, poderia faze-lo nesta ocasião, diante do soberano.
Sebastião, com toda a dignidade que sempre o distinguiu e cheio do Espírito Santo, apresentou-se diante do imperador e, destemidamente, reprovou-lhe o comportamento em relação à Igreja. Reprovou-lhe as injustiças, a falta de liberdade e a perseguição aos cristãos. O imperador ficou estarrecido ao reconhecer naquela pálida figura, a pessoa de seu antigo oficial que o julgava morto. Tomado de ódio, ordenou aos guardas que o executassem ali, em sua presença e na presença de todos. Ele mesmo queria ter a certeza de sua morte.
Imediatamente, os guardas investiram contra ele, e o moeram de pancadas com cassetetes e com os cabos de ferro de suas lanças, até que Sebastião não deu mais sinal de vida. O imperador ordenou, então, que o cadáver do oficial traidor fosse jogado no esgoto da cidade e, assim, seria apagado, para sempre, a sua memória.
Sebastião, como todo cristão, tinha esta firme convicção: se Cristo ressuscitou, todos nós ressuscitaremos com Ele, pois, pelo Batismo, fomos incorporados ao seu corpo glorioso. A morte já não é o fim, não é o ponto final e definitivo. Ela foi superada, tornou-se apenas uma porta para a verdadeira vida!
Neste caminhar, um mistério nos ultrapassa, a saber participar da vida de Cristo, significa despojar-se de si mesmo e aceitar cooperar com sua missão essencial de salvação, que passa pela cruz e pela morte. Assim como nenhum cabelo de nossa cabeça cai sem que Ele o permita, nenhum fato ou acontecimento escapa ao seu conhecimento.
Durante a noite, um grupo de cristãos foi até o local onde o corpo de Sebastião tinha sido jogado. Os homens desceram à muralha que cercava o canal, pelo qual corria o esgoto da cidade. Com o rio Tibre estava na vazante, o corpo de Sebastião ficara preso a um ferro. Levado para a catacumba, ali foi enterrado com todas as honras, as honras e veneração dos cristãos, aos quais ele tanto servira e amara.
Ladainha de São Sebastião
Presid: São Sebastião é para nós exemplo de santidade, e intercede por nós na glória dos céus. Peçamos sua intercessão através da ladainha.
Solo: Senhor, piedade de nós!
Todos: Senhor, piedade de nós!
Solo: Cristo, piedade de nós!
Todos: Cristo piedade de nós!
Solo: Senhor, piedade de nós!
Todos: Senhor, piedade de nós!
(S) Ó São Sebastião poderoso
(T) patrono da Jornada Mundial da Juventude - rogai por nós!
(S) Soldado fiel da Igreja
(S) Herói insistente na fé
(S) Mártir, valente guerreiro
(S) Defensor dos cristãos
(S) Defensor dos injustiçados
(S) Defensor dos martirizados
(S) Defensor das plantações
(S) Defensor das criações
(S) Defensor contra as guerras
(S) Defensor da Santa Igreja
(S) Guardião perpétuo da Juventude
(S) Auxílio em todas as doenças
(S) Livrador da peste e fome
(S) Por nossa terra vos pedimos:
(T) Rogai por nós!
(S) Por nossas famílias suplicamos:
(S) Por nosso povo tão sofrido:
(S) Pelos pobres humilhados:
(S) Pelos irmãos necessitados:
(S) Pelos rios e florestas:
(S) Pelas plantações e animais:
(S) Pelo homem agricultor:
(S) Por quem se encontra enfermo:
(S) Pelos nossos governantes:
(S) Por nosso pároco pedimos:
(S) Pela nossa Santa Igreja:
(S) Pela nossa comunidade:
(S) Por todo o povo de Deus:
Solo: Cordeiro de Deus que vences o mundo.
Todos: Perdoai-nos Senhor!
Solo: Cordeiro de Deus que vences o mundo.
Todos: Ouvi-nos Senhor!
Solo: Cordeiro de Deus que vences o mundo.
Todos: piedade de nós!
Presid: Atendei, Senhor, a nossa prece, pois a fazemos por intercessão de São Sebastião, que derramou seu sangue para anunciar o Reino do vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Todos: Amém
Fonte; JMJRIO2013
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