Em sua homilia, o Papa Francisco exortou seus confrades Jesuítas "a colocarem Jesus no centro de suas vidas e não a própria pessoa" e a seguirem Cristo na Igreja e com a Igreja:"Ser homens arraigados e alicerçados na Igreja: assim Jesus nos quer. Não pode haver caminhos paralelos ou isolados, mas sim caminhos de busca e criatividade. Isso é importante: ir às periferias, às muitas periferias. Por isso, é necessária a criatividade, mas sempre em comunidade, na Igreja, com essa pertença que nos dá a coragem de ir em frente. Servir Cristo é amar esta Igreja concreta e servi-la com generosidade e espírito de obediência."
"Ser conquistado por Cristo para oferecer a este Rei toda a nossa pessoa e todo o nosso trabalho. Dizer ao Senhor de pretender fazer tudo para seu maior serviço e louvor, imitá-lo também no suportar insultos, desprezo e pobreza.
O Papa sublinhou que sentimos o sentimento humano e nobre que é a vergonha de não estar à altura, olhando a sabedoria de Cristo e nossa ignorância, a sua onipotência e nossa fraqueza, a sua justiça e nossas iniqüidades, a sua bondade e nossa maldade:
"Pedir a graça da vergonha; vergonha que vem do constante diálogo de misericórdia com Ele; vergonha que nos faz enrubescer diante de Jesus Cristo; vergonha que nos coloca em sintonia com o coração de Cristo, que se fez pecado por mim; vergonha que coloca em harmonia o nosso coração nas lágrimas e nos acompanha na seqüela cotidiana do meu Senhor. Isso nos leva sempre, individualmente ou como Companhia, à humildade, a viver esta grande virtude; humildade que nos torna conscientes a cada dia de que não somos nós que construímos o Reino de Deus, mas é sempre a graça do Senhor que age em nós; humildade que nos impulsiona a colocar todo o nosso ser não a nosso serviço ou de nossas ideias, mas a serviço de Cristo e da Igreja, como vasos de argila, frágeis, inadequados e insuficientes, nos quais existe um imenso tesouro que levamos e comunicamos."
Os Jesuítas são chamados, em diversos modos, a dar a sua vida pelos outros, como fizeram os dois ícones São Francisco Xavier e Padre Pedro Arrupe.
"Outro ícone que cito como exemplo é Padre Arrupe na última visita ao campo de refugiados, quando nos disse – o que ele mesmo dizia – 'digo isso como se fosse o meu canto do cisne: rezem'. A oração e a união com Jesus. Depois de dizer isso, entrou no avião e chegou a Roma com o acidente vascular cerebral, que deu início ao seu pôr-do-sol longo e exemplar. Dois crepúsculos, dois ícones que nos fará bem olhar e nos voltar para eles e pedir a graça de que os nossos pores-do-sol sejam como os deles."
Fonte: Rádio Vaticano
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