Judia da pequena Nazaré, Maria foi a primeira cristã. Rapidamente os judeus e gentios que se convertiam ao cristianismo souberam reconhecê-la como "mãe". E assim o fizeram tanto por devoção, quanto por uma santa astúcia: somente os nascidos de mãe judia poderiam considerar-se "povo escolhido".
E assim a jovem Maria, escolhida dentre todos, tornou-se a mãe do povo eleito por adoção. Povo eleito que somos todos nós, a humanidade.
Querida Senhora, e mãe, neste dia receba nosso devoto muito obrigado!
"Hoje o Deus que se assenta em tronos espirituais
preparou para si um trono santo sobre a terra;
Aquele que em sua sabedoria estabeleceu os céus,
no seu amor cria um céu vivente.
Eis o dia do Senhor, alegrai-vos, ó povos!
Com efeito a câmara nupcial deu à luz,
e o livro do Verbo da vida saiu de um ventre.
A porta do Oriente nasceu
e aguarda a entrada do Grão-Sacerdote,
única a introduzir no universo o único Cristo,
para a salvação das nossas almas.
Hoje se descerram as portas estéreis
e nasce a Pura virginal e divina;
hoje a graça começa a dar o seu fruto
mostrando ao universo a Mãe de Deus,
para a qual a terra é unida aos céus.
É abolida a esterilidade da nossa natureza,
pois uma mulher estéril tornou-se mãe daquela
que permanecerá virgem após o nascimento do seu Criador.
Dela o Deus por natureza apossou-se do que lhe era estranho e encarnado, opera a salvação dos transviados pela carne."
(Liturgia Bizantina)
Fonte: Wagner Moura
Nenhum comentário:
Postar um comentário